Uma delegação do governo malaio partiu nesta terça-feira para a China para se reunir com os parentes dos passageiros do avião desaparecido a fim de apaziguar as tensões causadas pelas últimas pistas sobre o acidente.

O executivo-chefe da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse em entrevista coletiva que a delegação explicará com mais detalhes aos parentes os últimos dados sobre o voo MH370 supostamente acidentado no Oceano Índico.

A declaração de Ahmad ocorre depois que uns 200 parentes dos 154 passageiros chineses do avião se manifestaram em frente à embaixada da Malásia em para exigir “provas indubitáveis” sobre o acidente.

As famílias, que estiveram mais de duas semanas reunidas em um hotel da capital chinesa, receberam ontem à noite a informação de que uma nova análise de satélite indica que o avião caiu no Oceano Índico e não há esperanças de encontrar sobreviventes.

Além disso, os parentes estavam enfurecidos porque muitos conheceram a informação por uma mensagem de celular enviada pelas autoridades malaias, que nesta manhã suspenderam a sessão informativa que realizavam diariamente com os familiares.

O responsável de Malaysia Airlines indicou que fizeram tudo “humanamente possível” para entrar em contato com as famílias para que não elas lessem a notícia na imprensa e que enviaram mensagem de texto como último recurso.

O voo MH370 da companhia aérea malásia decolou de Kuala Lumpur com 239 pessoas à bordo com destino a Pequim na madrugada de 8 de março e desapareceu dos civis da Malásia cerca de 40 minutos após a decolagem.

O exame dos dados de radar e satélite levou os investigadores a concluir que o avião deu a volta e voou até a Península de Malaca.