Delcídio diz que gravação deve passar por perícia e que não ensina ‘padre nosso a vigário’

O candidato ao governo do Estado, o senador petista Delcídio do Amaral, comentou sobre as denúncias publicadas na revista Veja desta semana, em que seu nome aparece em uma suposta fraude na CPI da Petrobras, empresa que dirigiu de 1999 a 2002. Nesta segunda-feira (4), Delcídio afirmou que gravação feita por uma caneta deve passar […]

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O candidato ao governo do Estado, o senador petista Delcídio do Amaral, comentou sobre as denúncias publicadas na revista Veja desta semana, em que seu nome aparece em uma suposta fraude na CPI da Petrobras, empresa que dirigiu de 1999 a 2002. Nesta segunda-feira (4), Delcídio afirmou que gravação feita por uma caneta deve passar por uma perícia e que não vai ensinar o padre nosso para o vigário, referindo-se a supostas orientações a funcionários da Petrobras.

O senador recebeu a imprensa em seu comitê, após uma série de reuniões com candidatos a deputados estaduais e federais da coligação, acompanhado pelo presidente estadual da legenda, Paulo Duarte, e pelo candidato ao Senado, Ricardo Ayache. “Eu fui o único que respondeu nacionalmente, quando aconteceu o fato, nos já nos posicionamos, e só podemos chegar até aí”, afirmou Delcídio. O postulante observou que a citação foi feita por terceiros e que a gravação é ilegal, e disse que a mesma deve passar por uma perícia.

Em 2005, Delcídio assumiu a presidência da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios, e valendo-se da experiência, o senador afirmou conhecer a fundo o trâmite de uma CPI. “Tenho uma experiência que foi legítima quando fui presidente, eu sei como funciona, e foi uma CPI que deu resultados, e nós cortamos na própria carne”, afirmou Delcídio.

“Fiquei 11 meses presidindo uma CPI, por isso, tenho essa tranquilidade, o restante trato como tema jurídico que fica na responsabilidade do jurídico da campanha e todos os desdobramentos disso, e mais, eu não preciso ensinar o padre nosso para o vigário. É muita pretensão de parlamentares tentar ensinar o que funcionários da Petrobras iriam falar, porque nos termos que eles trataram, eles são atualizadíssimos e sabem se defender”, disparou o candidato petista.

Delcídio observou que as denúncias fazem parte do jogo eleitoral. “Eu estou na frente, as pesquisas mostram isso, por mais que a ‘turma’ insista, hoje, nós ganhamos em primeiro turno”, afirmou o senador. “Quem entra em um projeto como esse sabe dos problemas, das denúncias, mas a essas coisas eu vou dar o devido tratamento, da legalidade. Eu quero, e com muita tranquilidade conduzir o debate político que o povo quer e espera, e quando for necessário o meu posicionamento público, sempre agi rapidamente e não será diferente”, disse.

Sobre uma possível representação de outros senadores, Delcídio afirmou que é um direito de cada parlamentar. “Eu, pessoalmente, vejo que isso pode gerar um fato político pela disputa, mas não vai passar disto, porque a denúncia como ela foi construída, e a maneira como isso foi apresentado pode criar um balão de ensaio agora, mas que não se sustenta”, disse.

Segundo o parlamentar, não há nenhum fato que comprove qualquer tipo de atuação dele na CPI da Petrobras. “Não tenho nem um instrumento para isso, porque não sou nem membro da CPI, meu projeto é ser governador do Estado”, afirmou.

Delcídio do Amaral também pontuou que, a CPI é de responsabilidade do relator. “Passa tudo pelo relator, ninguém atravessa o samba, o relator é o grande comandante da CPI. O presidente conduz os trabalhos, mas o relator é o dono das pautas, das perguntas, então, para você preparar uma pergunta, só se o relator permitir e eu acho isso muito difícil”, observou o candidato.

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