Delação garante regime semiaberto a ex-diretor da Petrobras

A denúncia inclui dezenas de políticos de partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff como supostos beneficiários de um esquema de propinas na petroleira. O acordo de delação é similar a um contrato repleto de cláusulas. Mesmo colaborando com as investigações, o ex-diretor da Petrobras deverá ser condenado a uma pena de aproximadamente […]

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A denúncia inclui dezenas de políticos de partidos da base de apoio da presidente Dilma Rousseff como supostos beneficiários de um esquema de propinas na petroleira.

O acordo de delação é similar a um contrato repleto de cláusulas. Mesmo colaborando com as investigações, o ex-diretor da Petrobras deverá ser condenado a uma pena de aproximadamente cinco anos. Isso o garantiria, ao final do processo, o direito ao regime semiaberto, em que o sentenciado a uma pena menor do que oito anos de prisão pode trabalhar durante o dia fora da cadeia, mas tem que voltar ao presídio no início da noite. Dessa maneira, a progressão da pena poderia possibilitá-lo ao regime aberto em poucos meses.

Pelo acordo, o ex-diretor também abre mão do dinheiro ilícito que mandou para o exterior. Pelo menos US$ 23 milhões estão bloqueados na Suíça em cinco contas atribuídas a Costa – parte desse valor sob suspeita de ser fruto de propina.

Costa foi preso pela primeira vez em março, na Operação Lava Jato da Polícia Federal, que tinha como alvo um esquema suspeito de movimentar R$ 10 bilhões em lavagem de dinheiro. Foi solto em maio e novamente preso em junho, após autoridades suíças informaram o Brasil de que o ex-diretor da Petrobras tinha dinheiro no país europeu.

Ele também é réu em dois processos criminais e alvo de vários inquéritos da PF. A delação premiada o livra de todos os processos de investigação.

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