Levantamento publicado ontem (6) pela Secretaria Nacional de Defesa Civil elencou sete cidades de Mato Grosso do Sul entre os 821 municípios do país que necessitam de intervenções para prevenção de desastres naturais. Segundo a Defesa Civil Estadual,  são onze cidades, incluindo Campo Grande, vulneráveis e com grandes riscos de sofrerem desastres naturais.

Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá, Ivinhema, Mundo Novo, Itaquiraí e Bataguassu foram escolhidos pela Secretaria Nacional através de dados estatísticos dos últimos anos. A Defesa Civil estadual listou mais quatro cidades: Coxim, Miranda, Aquidauana e Anastácio. Entretanto, o órgão nacional relatou que só poderá incluir as cidades no ano que vem.

Ivinhema, Mundo Novo e Itaquiraí têm riscos maiores de erosão e vendavais. Já Coxim, Miranda, Aquidauana e Anastácio, por terem rios, correm riscos de alagamento e inundação. Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas e Bataguassu podem ter enchentes.

Ribeirinhos das cidades com risco de alagamento se recusam a deixar a beira do rio e ir para abrigos oferecidos pela Defesa Civil. Segundo o órgão, eles são pescadores e estão acostumados com a situação. O risco é de contaminação é perda de materiais.

Monitoramento nacional

A Secretaria Nacional de Defesa Civil vai elaborar mapas de risco a inundações e movimentos de massa (deslizamentos) e, desta forma, apresentar propostas de intervenções para prevenir desastres. Será identificado o grau de risco à inundação e deslizamento.

A capacidade do município para a proteção e resposta a desastres naturais também será analisada, assim como fatores físicos e ambientais de vulnerabilidade e infraestrutura de saneamento, cobertura vegetal nos setores de risco, estrutura institucional existente em raio de três quilômetros dos setores de risco e análise da vulnerabilidade a desastres naturais.

Campo Grande

A duas semanas do início do outono, a chuva já virou rotina do campo-grandense e tem causado diversos alagamentos em todos os cantos da cidade. De acordo com o Major Noletto, da Defesa Civil de Campo Grande, foram instalados sensores pluviométricos para monitorar a região do Prosa e do Anhanduizinho.

Noletto ressaltou que a Defesa Civil não é um órgão de resposta. “Identificamos os principais pontos com maiores riscos e fazemos o intermédio com outros órgãos como a Agetran e o Corpo de Bombeiros”, explica.

O major citou que o órgão e a Secretaria de Obras do município receberão recursos do governo federal para obras estruturais em alguns pontos de alagamento da Capital, como a região do Prosa próxima do shopping. “É preciso fazer contenção para evitar alagamentos”.