Decisão judicial abre caminho para Maliki formar um novo governo

O Tribunal Federal do Iraque decidiu nesta segunda-feira considerar a partido Estado de Direito, liderado pelo primeiro- ministro interino, Nouri al-Maliki, como o maior bloco do parlamento do país, o que abre o caminho para um terceiro mandato do grupo. O canal de televisão estatal “Al Iraqiya” anunciou a sentença mas não deu nenhum detalhe […]

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O Tribunal Federal do Iraque decidiu nesta segunda-feira considerar a partido Estado de Direito, liderado pelo primeiro- ministro interino, Nouri al-Maliki, como o maior bloco do parlamento do país, o que abre o caminho para um terceiro mandato do grupo.

O canal de televisão estatal “Al Iraqiya” anunciou a sentença mas não deu nenhum detalhe a mais sobre a medida.

Ontem à noite, em um duro discurso, Maliki anunciou sua intenção de abrir uma representação contra o recém-eleito presidente do país, o curdo Fouad Massoum, por suposta violação da Constituição.

Maliki acusou Massoum de ter esgotado com pleno conhecimento o prazo constitucional para pedir ao líder do maior bloco parlamentar a formação de um Executivo.

O primeiro-ministro interino insiste que deve formar governo, apesar da opinião contrária de vários membros da Aliança Nacional, coalizão ao qual pertence e que engloba as principais legendas xiitas.

Entre os líderes xiitas da coalizão que rejeitam a ideia de Maliki formar um novo governo está o clérigo Moqtada al-Sadr, que exigiu em 6 de julho que o Estado de Direito apresentasse um candidato alternativo.

O bloco Al Muaten (Cidadão), liderado pelo clérigo xiita Amar al-Hakim, e grande parte dos partidos sunitas e curdos também se opõem a um terceiro mandato, assim como os Estados Unidos, que expressou seu “pleno apoio” a Massoum “em seu papel de fiador da Constituição iraquiana”.

Hoje, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que a formação de um governo no Iraque é “vital” para se conseguir estabilizar a situação e advertiu Maliki a não se opor à ideia.

O parlamento iraquiano adiou ontem a sessão na qual devia eleger o novo primeiro-ministro pelas diferenças irreconciliáveis entre os diferentes grupos.

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