De hobby à profissão: prática do spotting conquistou jovens que hoje trabalham com aviação

Eles se misturam em meio às famílias e grupos de amigos que se reúnem para observar aviões no mirante da Duque de Caxias. Munidos com câmeras, tripés e, se for durante o dia, um chapéu ou boné, os praticantes de spotting gostam de admirar e colecionar aviões ou fotografias das aeronaves, “sejam elas uma simples […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Eles se misturam em meio às famílias e grupos de amigos que se reúnem para observar aviões no mirante da Duque de Caxias. Munidos com câmeras, tripés e, se for durante o dia, um chapéu ou boné, os praticantes de spotting gostam de admirar e colecionar aviões ou fotografias das aeronaves, “sejam elas uma simples pintura ou modelo, varia de gosto para gosto”, explica Francisco Malheiros, 28 anos, analista de sistemas, e que trabalha com manutenção de aeronaves no aeroporto internacional de Campo Grande.

A prática é internacional, mas aqui em Mato Grosso do Sul ainda possui poucos adeptos, em torno de 15, incluindo em torno de quatro bem jovens, ainda com 15 ou 16 anos de idade que tivemos conhecimento”,explica Malheiros. A troca de informações se dá através da internet, em um grupo no facebook, (CGR Spotters) e whatsapp,”mas antes era no boca a boca, um sabia de um avião que ia chegar aqui e avisava”, explica.

Por conta da rotina, ele e os amigos Bruno Sales, 29, piloto da Azul, e Arthur Amaral, 43, servidor público, se reunem aos finais de semana no local para fazer as imagens e conversar sobre o assunto. “Hoje existem aplicativos que nos ajudam a saber quando uma aeronave diferente está passando pelo céu da cidade. Neste momento em que falo com você, por exemplo, está passando um avião da Bolívia, mas está longe, daqui não dá pra ver” comenta Arthur.

Arthur, aliás, é o único que não trabalha com aviões ou em aeroporto, e por isso têm mais dificuldade em observar as aeronaves durante a semana, “mas todo dia sei que passa um avião do México lá perto do meu trabalho, então do um jeirto de dar uma escapadinha e, com a câmera em mãos, fotografo a aeronave”,conta.

Já para o piloto Bruno, estar perto das aeronaves é inerente ao serviço, “mas pilotá-las é incrível. Hoje mesmo vim na aeronave que tem a pintura do (Airton) Senna, dá muito orgulho fazer aquela máquina, em especial, funcionar”.

Eles explicam que no Brasil a aprática do spotting ainda engatinha e é só no aeroporto de Guarulhos – SP que há credenciemanto para ver as aeronaves de perto, mas lá fora, a realidade é outra. “Em Miami, por exemplo, há uma área explusiva para o spotting. Você coloca um colete e observa com segurança. É bom porque, como estamos sempre com câmeras, muitas vezes a segurança nos confunde com jornalistas e já vai nos tocando do local, achando que estamos tentando flagar algo errado”. comenta Arthur entre risadas .

Aqui em campo grande,o local preferido para a prática é o mirante da Duquue de Caxias “A vista é limpa, não tem nada incomodando na frente. O terraço do aeroporto por exemplo, não dá. Além do vidro,vive cheio de gente”, explica Francisco.

A prática ainda rende bons conhecimentos sobre a história da aviação.No álbum de fotos, Arthur tem o registro do último dia de operação da varig, e a Malheiros lembra de uam ocasião em que explicou para a sogra, que trabalha em um Instituto Histórico sobre um acidente de avião nacional acontecido na década de 50. “Acaba que nós nos divertimos e registramos momentos da história, seja ela qual for e em cada avião, cada qual com sua beleza”, pontua Malheiros.

Para mais informações sobre a prática do Spotting na Capital, acesse a pagina no facebook.

Conteúdos relacionados