Cuidadora diz ter estranhado tempo de medicação de idoso morto por superdosagem

A 1ª Delegacia de Polícia Civil ouviu na tarde desta quarta-feira (10) a cuidadora Elza de Oliveira, de 55 anos. Ela acompanhava Adolfo Coelho de Souza, de 82 anos, durante o tratamento de câncer na Santa Casa de Campo Grande e foi a primeira a desconfiar que poderia haver erro no tratamento. O idoso morreu […]

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A 1ª Delegacia de Polícia Civil ouviu na tarde desta quarta-feira (10) a cuidadora Elza de Oliveira, de 55 anos. Ela acompanhava Adolfo Coelho de Souza, de 82 anos, durante o tratamento de câncer na Santa Casa de Campo Grande e foi a primeira a desconfiar que poderia haver erro no tratamento.

O idoso morreu após ficar 16 dias internado no hospital para o tratamento de câncer de esôfago. Há suspeitas de erro no tratamento.

De acordo com a delegada Ana Claudia Medina, responsável pelas investigações, foram injetados no idoso, em duas horas, a quantidade de medicação para cinco dias. A cuidadora foi a primeira a desconfiar que algo estava errado.

Segundo a delegada, Elza chegou a cronometrar o tempo da medicação no aparelho médico e comparar com o de outro paciente, que estava no mesmo quarto e fazia tratamento para o mesmo tipo de câncer. Ela percebeu que o aparelho estava mais rápido do que de costume.

Após prestar depoimento, a cuidadora reafirmou que notou algo errado no medicamento que estava sendo administrado e falou com as enfermeiras, mas foi informada que estava tudo dentro do esperado. Elza foi contratada para acompanhar o idoso por cinco dias, mas acabou ficando 16 dias com ele.

Ainda conforme Ana Cláudia, a polícia aguarda o resultado do laudo necroscópico, que apontará exatamente a causa da morte, e os prontuários do paciente, que a Santa Casa ainda não encaminhou à Polícia Civil. Após receber estas respostas, outras pessoas serão convocadas para prestar depoimento.

O médico Henrique Guesser Ascenço, um dos donos do Centro de Oncologia e Hematologia de MS, empresa contratada pela Santa Casa para o serviço de quimioterapia, era o médico de Adolfo e será convocado para uma oitiva, adiantou a delegada.

Ele já prestou esclarecimentos na investigação que a delegacia realiza sobre três mortes e uma idosa que teve reações às sessões de quimioterapia na Santa Casa.

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