Cuidadora de idoso com câncer que tomou em 2 horas medicação para 5 dias na Santa Casa é ouvida

A cuidadora do idoso Coelho de Souza, de 82 anos, que morreu durante um tratamento de câncer na Santa Casa de Campo Grande no dia 28 de agosto deste ano. A profissional está sendo ouvida pela delegada Ana Cláudia Medina da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. A morte aconteceu, após o idoso ficar […]

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A cuidadora do idoso Coelho de Souza, de 82 anos, que morreu durante um tratamento de câncer na Santa Casa de Campo Grande no dia 28 de agosto deste ano. A profissional está sendo ouvida pela delegada Ana Cláudia Medina da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.

A morte aconteceu, após o idoso ficar 16 dias internado no hospital. De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, em duas horas, foi aplicada no idoso a medicação que deveria ser administrada em cinco dias.

Conforme a delegada, a família do idoso registrou boletim de ocorrência no dia 29. Ele fazia tratamento para câncer de esôfago e morreu após ser medicado. A mulher e o filho dele foram ouvidos pela polícia na última quinta-feira (7). O idoso era paciente do médico Henrique Guesser Ascenço, um dos donos do Centro de Oncologia e Hematologia de MS, empresa contratada pela Santa Casa para o serviço de quimioterapia.

A família contou à delegada que durante o dia, a mulher ficava com o idoso no hospital e durante a noite, uma cuidadora fazia o acompanhamento. Ela teria chegado a alertar os enfermeiros, que a bomba de infusão, que administra a medicação, aparentava estar muito rápida do que de costume, mas os enfermeiros teriam falado que sabiam o que estavam fazendo. Ela deve ser convocada para prestar depoimento.

Durante o tratamento, o idoso começou a ter dores de garganta e machas na pele. Segundo
Ana Cláudia, foram solicitados à Santa Casa o prontuário da vítima e a polícia aguarda o laudo necroscópico para iniciar as oitivas com os familiares.

A Polícia Civil já investiga a morte das pacientes da quimioterapia da Santa Casa Carmen Insfran Bernard, de 48 anos, no dia 10 de julho, Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, no dia seguinte e Maria Glória Guimarães, 61 anos, no dia 12 de julho. Também são investigadas as reações que a idosa Margarida Isabel de Oliveira teve após passar pelo tratamento no mesmo período em que outras três pacientes foram submetidas às sessões de quimioterapia e acabaram morrendo.

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