Crea-MS promete fiscalizar obras suspeitas em hospital alugado pela Prefeitura

O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) deve emitir, até sexta-feira (5), relatório de fiscalização das obras de reforma do Hospital Sírio-Libanês, em Campo Grande. O local passa por adaptações para se tornar o Centro Municipal Pediátrico e, conforme vereadores, há irregularidades no projeto. Segundo informações do Crea, equipe de fiscalização pode ir ao […]

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O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) deve emitir, até sexta-feira (5), relatório de fiscalização das obras de reforma do Hospital Sírio-Libanês, em Campo Grande. O local passa por adaptações para se tornar o Centro Municipal Pediátrico e, conforme vereadores, há irregularidades no projeto.

Segundo informações do Crea, equipe de fiscalização pode ir ao local a qualquer momento. Denúncias apontando problemas no canteiro, como ausência da indicação de um profissional responsável ou trabalhadores sem EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), foram levadas na quarta-feira (3) ao órgão pelas vereadoras Luiza Ribeiro (PPS) e Thais Helena (PT).

As vereadoras visitaram a obra naquela manhã. Ambas questionam o projeto, querem detalhes sobre custos, responsabilidades e aspectos legais, entre outras coisas.

Um requerimento de Luiza Ribeiro está há semanas aguardando votação na Câmara Municipal. O secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, prometeu a ela as informações solicitadas, mas até o momento, diz a vereadora, nada foi informado.

Durante a vistoria na obra do hospital, Luiza Ribeiro disse que foi obrigada a deixar a visita naquela ocasião. Alegou tentativa de coação por parte de pessoal da Prefeitura e Guarda Municipal.

O relatório do Crea sobre a fiscalização deverá ser encaminhado à direção do órgão. O prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), já disse que a meta é colocar o Centro Municipal Pediátrico para funcionar ainda em setembro, ainda que a operação plena da unidade esteja prevista para ocorrer somente no fim do primeiro semestre de 2015.

A locação do imóvel foi feita no início de agosto, ao peso de R$ 194 mil mensais, válidos por um ano e prorrogável por até 60 meses. A estimativa oficial é de que o centro, com 110 leitos, custe R$ 1,85 milhão mensais aos cofres municipais e ofereça atendimento público 24 horas em pediatria.

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