CPI que gastou mais de R$ 300 mil poderia ter investigado com custo zero, diz deputado

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) afirmou que o gasto da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa foi desnecessário e que a investigação poderia ter sido feita sem a despesa de R$ 330 mil aos cofres públicos. “Não precisava gastar nem R$ 0,01, aqui na Casa tem quadro, mas quiseram contratar de fora”, afirmou Zé […]

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O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) afirmou que o gasto da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa foi desnecessário e que a investigação poderia ter sido feita sem a despesa de R$ 330 mil aos cofres públicos.

“Não precisava gastar nem R$ 0,01, aqui na Casa tem quadro, mas quiseram contratar de fora”, afirmou Zé Teixeira.

Já os integrantes da comissão usam a complexidade das investigações para justificar os gastos. “Quando falo que gastou R$ 300 mil é que foi bem gasto. Olha o que foi descoberto”, pontua o presidente da CPI, Amarildo Cruz (PT).

O relator, deputado Júnior Mochi (PMDB), também incubiu a despesa ao corpo técnico que auxiliou nas investigações. “Técnicos gabaritados não custam mil ou dois mil reais”, justificou.

Consultores

Somente com consultores foram gastos R$ 132.764,00. Entre os agraciados, há desde profissionais liberais já contratados pela Assembleia até ex-secretários estaduais ligados ao PT. Com os maiores pagamentos aparecem na lista o advogado Ronaldo de Souza Franco (R$ 22.085,6), o cientista político Saulo Monteiro de Souza (R$ 18.035,6), a psicóloga Lilian Regina Zeola (R$ 9.760,4), o advogado Rafael Meirelles Gomes de Avilla ( R$ 9.760,4), a jornalista Evellyn Rabelo Ferreira (R$ 8.029,24) e o médico e sindicalista Ronaldo de Souza Costa (R$ 5.729,97).

Entre aqueles que já possuem cargos na Assembleia Legislativa são discriminados valores que variam de R$ 500 a R$ 2 mil, sempre nominados como “ajuda de custo”. Outras despesas são com recibos sobre informática, transporte, alimentação, hospedagem, tanto aos deputados, quanto aos assessores e taxas bancárias. No final, a Comissão ainda devolveu R$ 15.053,28 para a Mesa Diretora.

Fizeram parte da CPI os deputados estaduais Amarildo Cruz – presidente, Lauro Davi (PROS) – vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) – relator, Eduardo Rocha (PMDB) – vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) – membro.

A CPI visitou 14 hospitais em todo o Estado, ouviu 96 pessoas em 35 audiências e analisou mais de 70 mil documentos. O relatório final foi apresentado no dia 2 de dezembro do ano passado, com 104 páginas e foi aprovado pela maioria. Porém, não indiciou ninguém.

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