A família do bebê que morreu no Hospital Regional, em Campo Grande, continua aguardando a liberação do corpo pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para o sepultamento.

De acordo com o pai, Júlio César Ramires dos Santos, o órgão pediu que a família continuasse aguardando a conclusão do laudo para a liberação do corpo. Júlio César disse que não quer apressar na conclusão porque quer saber exatamente o que causou a morte do bebê. ”Não quero acelerar o laudo porque quero saber exatamente o que provocou a morte do meu filho”, ressalta.

Caso

Liane Botelho de Moura, de 36 anos, se internou para ter seu bebê no Hospital Regional de Campo Grande, após o parto uma enfermeira trouxe a criança para ser amamentada. Mesmo a mãe sob efeito da anestesia e sem a maca ter barras de proteção o bebê foi deixado sozinha, sem o acompanhamento de um funcionário.

Meia hora depois a enfermeira voltou para buscar a criança que já estava morta. O laudo da autopsia do hospital afirma que a causa da morte seria embolia pulmonar, mas a família discorda e alega que foi por negligência médica e dos funcionários.

Tanto a família como a Associação das Vítimas de Erro Médicos de Mato Grosso do Sul (Avem-MS) desconfiam que o recém-nascido teria se afogado com leite, o que resulta em erro médico. Um boletim de ocorrência foi feito pela família.

O corpo da criança foi transferido para o Imol, a pedido do delegado para que um novo exame de necropsia seja feito para apontar a causa da morte. Caso seja comprovado erro ou negligência do hospital e seus funcionários a família vai pedir a punição dos culpados.