Corpo de Eduardo Campos é sepultado em Recife após velório que durou mais de 15 horas

O corpo do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos foi sepultado por volta das 18h40 deste domingo (17) no Recife, após um velório que durou mais de 15 horas e foi seguido por uma multidão.

Após ser tocada a marcha fúnebre, o caixão desceu ao túmulo segurado pelos filhos mais velhos do presidencial. A multidão, que gritava “Eduardo, guerreiro do povo brasileiro”, soltou fogos de artifício após o sepultamento.

O centro do Recife parou no fim da tarde para acompanhar o cortejo do corpo.

O governo do Estado não estimou o número de pessoas, mas policiais consultados pela reportagem falaram em 160 mil pessoas que participaram do velório, cortejo e enterro.

O sepultamento estava previsto para as 17h, mas até as 18h30 ainda não havia ocorrido. Às 18h, o caixão entrou no cemitério.

O clima por onde passou o cortejo foi de comoção. Antes mesmo de deixar o Palácio, a ponte Princesa Isabel já estava completamente tomada por fãs de Eduardo, que queriam acompanhar o trajeto. Com a saída do cortejo, uma longa salva de fogos foi disparada, acompanhada de palmas do público.

O caminhão do Corpo de Bombeiros, assim como na chegada ao Recife, levava os três filhos mais velhos de Campos, Maria Eduarda, João e Pedro. Renata Campos e Marina Silva também estavam em cima do carro.

Na rua da Aurora, cerca de 150 ciclistas prestaram homenagem silenciosa, fazendo um corredor entre as duas calçadas. No prédio da Assembleia Legislativa do Estado, deputados acompanharam a passagem do corpo do ex-governador.

Nas sacadas dos prédios da avenida Mário Melo, moradores seguravam bandeiras e acenavam para a passagem do cortejo.

Em cada esquina, o PSB colocou ao menos um carro de som tocando jingles antigos de Campos e o atual, citando também o nome da sua vice, Marina Silva. Em todos os locais eram vistas bandeiras de Pernambuco.

Na chegada ao cemitério de Santo Amaro, policiais militares atiraram flores em cerimônia de honras de Estado para Campos. Os gritos do público eram pela ex-ministra Marina Silva – que deve substituir Campos na disputa pela Presidência da República –, que entrou antes da chegada do caixão.