A decisão sobre romper pra valer com as torcidas organizadas pode acabar nas mãos dos sócios do Corinthians. Parte dos membros do Cori (Conselho de Orientação) do clube entende que o assunto deve ser decidido em uma assembleia geral, com associados aprovando ou reprovando a medida.

A possibilidade de o clube proibir as uniformizadas de usar o símbolo corintiano ou de terem que pagar por isso foi discutida na última segunda pelo Cori. Ficou definido que um estudo do departamento jurídico sobre as opções de ruptura e suas consequências será apresentado ao órgão, que vai emitir um parecer. A ideia é colocar a sugestão do Cori em votação no Conselho Deliberativo.

Se vencer a corrente que quer deixar a palavra final para os sócios, a decisão do conselho teria que ser ratificada pela assembleia geral.

Deixar o tema passar por Cori, Conselho Deliberativo e sócios faria com que o presidente Mário Gobbi não fosse considerado o único responsável. Ou, em outras palavras, o dirigente não peitaria sozinho as uniformizadas. Se é que ele tomaria tal atitude, já que não quis assinar, assim como outros presidentes, documento no Ministério Público se comprometendo a não ajudar as organizadas. O dirigente alega que o clube já não colabora com as torcidas. É preciso lembrar que o caminho até a votação dos sócios seria longo e ela poderia acontecer já no finzinho da gestão de Gobbi, que dura mais dez meses.

Desde a invasão ao Centro de Treinamento corintiano, conselheiros e sócios cobram uma medida drástica em relação às torcidas. O assunto foi discutido pelo Cori por causa de uma carta enviada pelo conselheiro Emerson Ferreira da Silva, perguntando o que clube e conselheiros fariam sobre o assunto. Ele sugere o rompimento.