Copa do Mundo altera 42% dos voos na malha aérea brasileira
A malha aérea especial da Copa do Mundo, que será implantada no Brasil do dia 6 de junho ao dia 20 de julho terá 1.973 novos voos – entre reforços nas rotas mais movimentadas e em rotas que não existem regularmente — até agora. Novas alterações serão feitas a partir de sexta-feira (17). Ao todo, […]
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A malha aérea especial da Copa do Mundo, que será implantada no Brasil do dia 6 de junho ao dia 20 de julho terá 1.973 novos voos – entre reforços nas rotas mais movimentadas e em rotas que não existem regularmente — até agora. Novas alterações serão feitas a partir de sexta-feira (17). Ao todo, 80 mil voos foram incluídos ou modificados na malha aérea brasileira durante o período. O número representa 42% da malha área do país para o período em questão.
O lançamento da malha aérea especial da Copa foi feito na tarde desta quinta-feira (16) pelo diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, e outros diretores da agência. Representantes das companhias aéreas não participaram do anúncio à imprensa. De acordo com Guaranys, para aprovar os voos solicitados foi analisado se há capacidade nos aeroportos solicitados — comprimento suficiente de pista, pátio para aeronaves e capacidade de terminal de passageiros, que influenciam na quantidade de voos que um aeroporto pode receber ou emitir — e das empresas de prestar o serviço a contento e a capacidade de controle do tráfego aéreo.
Segundo a Anac, serão controlados 25 aeroportos na malha aérea da Copa — nas 12 cidades-sede do Mundial e outros 13 aeroportos até 200 quilômetros de distância das sedes. “Os novos voos foram concedidos de acordo com a capacidade dos aeroportos”, afirmou Guaranys. “Ainda há espaço para novos ajustes e novos voos. Este acréscimo não representa sobrecarga do sistema”.
As rotas que mais receberam voos na malha aérea especial da Copa foram de Brasília para Guarulhos (na Grande São Paulo), com 288 novas opções horários, de fortaleza para Guarulhos, com 205, de Santos Dumont para campinas, com 284, de Natal para Guarulhos, com 105, e de Recife para Guarulhos, com 105 novas opções de voos.
“Este tipo de procedimento, de criar-se uma malha aérea especial em um grande evento, é absolutamente normal na realização de grandes eventos mundo afora”, afirmou Guaranys.
De acordo com a agência reguladora, até o final de dezembro apenas 4% das passagens aéreas para o perídodo da Copa de 2014 haviam sido vendidas.
Indefinição nos preços
O UOL Esporte revelou que companhias aéreas e o governo federal iriam criar uma malha aérea especial para a Copa em outubro do ano passado. Segundo a Anac, até o dia 20 de dezembro as aéreas haviam solicitado a criação de 1.523 voos que não existem na malha área especial para o mundial de futebol.
Em comunicado divulgado na terça-feira (14), a TAM afirma que solicitou ao governo a aprovação para criar 1.050 voos durante a Copa do Mundo — 850 domésticos e 200 internacionais. A empresa afirma que irá contratar de forma temporária mil pessoas e investirá R$ 50 milhões nesta operação.
Também na terça-feira, a Avianca anunciou que solicitou 430 voos extras à Anac — principalmente reforçando a ligação entre Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo –, e que o limite de preço de suas passagens de fevereiro até o final da competição futebolística é de R$ 999.
Na semana passada, a Azul já havia anunciado que colocaria o mesmo limite, de R$ 999, para o preço das passagens da empresa durante junho e julho. Em comunicado enviado à reportagem, a empresa afirma que solicitou 600 voos extras ao governo nas 12 cidades-sede, incluindo a primeira a fase de grupos e a fase eliminatória do Mundial. Na primeira fase, a Azul pediu 310 voos extras para Rio de Janeiro, Campinas, São Paulo (Congonhas), Guarulhos, Brasília, Goiânia, Confins, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Manaus, Cuiabá, Curitiba e Natal.
Na quarta-feira (15), a Gol anunciou que seu pedido para a Copa feito à agência reguladora foi de 953 voos extras. Juntas, TAM, Avianca e Azul fizeram mais de 2,5 mil pedidos de voos extras para o mundial. Tanto a Gol como a Tam, as duas principais do mercado aéreo brasileiro, já sinalizaram que não haverá limite de preço em suas passagens, a exemplo do que fizeram Avianca e Azul.
Cuiabá lidera oferta de novos lugares
Levantamento preliminar feito pela Anac mostra que a cidade-sede que recebe o mundial de futebol da Fifa que mais deve ter aumento na oferta de lugares em vôos em seu aeroporto durante a competição é Cuiabá, com 48% mais poltronas que o normal em voos para a capital do Mato Grosso. A Tam, por exemplo, pretende aumentar de cinco para até 11 voos diários sua oferta para Cuiabá, de diversos destinos.
As cinco rotas que mais receberam pedidos de criação de voos por parte das companhias aéreas segundo a Anac foram de Brasília para Guarulhos, do Rio de Janeiro para Buenos Aires, do Rio de Janeiro para Campinas, de Fortaleza para Guarulhos e de Salvador para Guarulhos. A partir de quinta-feira, as empresas aéreas podem solicitar à Anac a criação de voos fretados específicos para a época da Copa.
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