Os membros do Conselho Administrativo da Petrobras informaram, em comunicado aos seus acionistas, que são “inverídicas” as informações de uma possível saída de Graça Foster do cargo de presidente da companhia. O grupo “refuta, por inverídicas, quaisquer especulações sobre a saída da presidente Maria das Graças Silva Foster”, diz trecho do texto divulgado na tarde desta sexta-feira 8.

Em entrevista ao jornal O Globo, o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, declarou que seria inviável a permanência da executiva como presidente da estatal caso o TCU (Tribunal de Contas da União) determinasse o bloqueio de seus bens no caso Pasadena. Graça Foster recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) no final de julho para tentar impedir o bloqueio. Na quarta-feira (6) o tribunal adiou a decisão sobre o bloqueio de bens da presidente e outros dirigentes da empresa.

Relator do processo que investiga a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela petroleira, o ministro José Jorge, do TCU, decretou o bloqueio de bens de 11 executivos da estatal para garantir o ressarcimento de US$ 792 milhões à empresa, em decorrência do prejuízo causado com a negociação de Pasadena. Graça Foster não constava da lista, mas poderia ser incluída com alterações que o tribunal pretendia fazer nessa semana.