A Conmebol confirmou em seu site oficial que recebeu a denúncia do Cruzeiro de racismo da torcida do Real Garcilaso contra o meio-campista Tinga. A entidade que rege o futebol sul-americano informou que abrirá investigação sobre o caso.

“A Unidade Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol procedeu a abertura de uma investigação preliminar contra uma denúncia recebida no dia de ontem do Cruzeiro Esporte Clube. O clube brasileiro reclama que na partida disputada no dia 12 de fevereiro contra o Real Atlético Garcilaso do Peru torcedores do time local mostraram uma conduta racista contra o jogador Paulo César Fonseca do Nascimento “Tinga””, informou a entidade em seu site oficial.

Nesta sexta-feira, a diretoria do Cruzeiro se reunirá com o presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo, para exigir providências sobre incidentes ocorridos no Peru durante a partida. Isso aconteceu graças à força que o clube celeste ganhou para pressionar a entidade. O episódio envolvendo Tinga teve apoio que não se limitou ao futebol, mas chegou à esfera política.

A estadia no Peru revoltou a diretoria cruzeirense, que encaminhará nos próximos dias um relato dos problemas enfrentados em território peruano, como falta de luz para treinar e de água para tomar banho no estádio depois da partida com o Real Garcilaso, em Huancayo. O time mineiro foi derrotado por 2 a 1, de virada.

A repercussão da manifestação racista da torcida peruana ganhou enormes proporções no Brasil e contou com uma verdadeira comunhão de torcedores e até mesmo de figuras importantes do governo e personalidades do esporte.

Neste embate, o clube terá apoio político do governo brasileiro. Depois da presidente da república, Dilma Rousseff se manifestar pelo Twitter, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou em nota a imprensa que ligou para o presidente da Confederação Sul-Americana, Eugenio Figueiredo, cobrando providências a respeito do caso Tinga.