Confira obras de Campo Grande que foram prometidas, mas que a população não recebeu
O Midiamax vai mostrar abaixo algumas obras de Campo Grande lançadas, mas que não foram entregues à população conforme prometido pelos entes públicos. O levantamento foi feito a partir de reportagens publicadas durante várias gestões municipais e tem obra relatada aqui que há mais de 20 anos espera solução. Confira um breve histórico de cada […]
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O Midiamax vai mostrar abaixo algumas obras de Campo Grande lançadas, mas que não foram entregues à população conforme prometido pelos entes públicos. O levantamento foi feito a partir de reportagens publicadas durante várias gestões municipais e tem obra relatada aqui que há mais de 20 anos espera solução.
Confira um breve histórico de cada uma delas; as fotos atuais de como se encontram; e os recursos já anunciados. Também aproveite para comentar quais obras do seu bairro estão paradas, atrasadas ou que nunca saíram do papel.
Ernesto Geisel
O prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, ampliada na gestão municipal de André Puccinelli (1997 2004), agora governador do Estado, é palco de transtornos há mais ou menos 15 anos. Inúmeras matérias já foram veiculadas na imprensa local sobre desmoronamentos dos trechos entre a Avenida Salgado Filho e a Avenida Campestre, mas os problemas ainda persistem.
Na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), um projeto orçado em R$ 47 milhões foi aprovado pelo Governo Federal para revitalização da via. Ciclovias, pista de caminhada e paisagismo eram algumas das melhorias e em outubro de 2013 a Secretaria Municipal de Obras assegurou que do recurso total, R$ 40 milhões já estariam na conta da Prefeitura de Campo Grande, mas que a obra deveria terminar em 2015.
A reportagem passou pelo local para captar as fotos disponíveis nesta galeria e nenhuma máquina foi vista na pista, apesar do dinheiro já estar disponível.
O secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), Semy Ferraz, a Prefeitura tem disponível R$ 40,8 milhões do PAC 2. A obra foi licitada em 2012 baseado em Estudos Preliminares, mas não foi emitida Ordem de Serviço.
Em 2013, foi contratados especialistas para avaliar a solução apresentada pela Empresa Schettini que foi aprovada em outubro do mesmo ano quando a empresa Engepar desistiu do contrato de obra que tinha licitado no ano anterior.
Segundo o secretário, a empresa projetista está cumprindo as últimas exigências junto a Caixa que deverá autorizar a licitação nos próximos dias.
Júlio de Castilho
O projeto de revitalização da Avenida Júlio de Castilho foi lançado em agosto de 2011 e previa o término em 14 meses. Porém, somente neste ano (2014) as obras foram finalizadas. Apesar disto, não há previsão de cerimônia de entrega, segundo a Prefeitura.
A revitalização da Avenida implantou 4 quilômetros de rede de drenagem, porém até hoje ocorrem alagamentos na via. Foram feitos o recapeamento de 16,5 quilômetros da Avenida e de algumas ruas adjacentes. Matérias veiculadas na imprensa mostram que já houve serviço de tapa-buraco.
Com o fim das rotatórias o projeto executou a instalação de 17 conjuntos semafóricos que deveriam funcionar em sistema de “Onda Verde”, com a abertura sincronizada, mas a reportagem passou no local e observou que este sistema ainda não funciona.
O projeto também contemplou novas calçadas, com piso tátil, rebaixamentos de meio-fio e 38 paradas de ônibus padronizadas, além de novo paisagismo, que ainda está faltando em um lado das pistas.
Nova iluminação foi implantada, além de novas placas de trânsito, algumas consideradas confusas por moradores da região, como já relatado pelo Midiamax. A obra teve investimento de mais de R$ 18 milhões, sendo 95% do Programa Pró-Transporte do governo federal e 5% do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O secretário informou que a obra está praticamente concluída, “faltando apenas alguns reparos e consertos”. Apesar do adiantado da obra, a Prefeitura está discutindo com a Associação Comercial e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) algumas alterações no viário
Complexo Bálsamo
Lançada em 2012 com um investimento de R$ 33 milhões provindos do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal, mais R$ 5 milhões de contrapartida municipal, as obras do Complexo Bálsamo deveriam ser entregues em 18 meses.
Por um tempo ficaram paradas e envolvidas em problemas judiciais e só foi retomada na atual gestão municipal, de Gilmar Olarte (PP), com previsão de entrega da primeira etapa até dezembro de 2014. Cerca de 80 imóveis estão em processo de desapropriação para concluir o prolongamento da Avenida Rita Vieira.
Pessoas que moravam em áreas de risco serão deslocadas para uma das 482 casas do Residencial José Maksoud, construídas no bairro Moreninhas IV, que também estão com obras atrasadas como já noticiou o Midiamax este ano.
O Complexo prevê a pavimentação num total de 12,5 quilômetros, mais 11,7 quilômetros de drenagem, ciclovia, centro de triagem de recicláveis, quatro quadras poliesportivas, centro comunitário e pórticos na entrada da obra.
Semy explicou que tem três fatores que prejudicam o andamento da obra: Desapropriações, Travessia da ALL e Adutora do Lageado. “A Travessia da ALL está em execução com a autorização da ANTT. Os tubos da Adutora do Lageado já foram adquiridos pela Águas Guariroba que já deveriam ter sido entregues. Provavelmente na próxima semana iniciaremos a troca da adutora. As Desapropriações já foram aprovadas pelo Prefeito Gilmar Olarte e está em andamento”, afirmou o secretário.
A previsão é de que até dezembro seja concluída a primeira etapa, do Macro Anel até a Avenida Guri Marques. O trecho da Avenida Gury Marques até a Avenida Guaicurus depende do andamento das desapropriações.
Conjunto Ary Abussaf e Gregório Correa / Favela Portelinha
Lançados em agosto de 2012, os conjuntos residenciais Ary Abussaf e Gregório Correa foram criados para reassentar famílias da favela Portelinha, da região Segredo. Ao todo são 313 casas, que já estão quase acabadas, mas que deveriam ser entregues em março de 2014 e até agora nada foi anunciado sobre o novo prazo.
Nas obras foram investidos R$ 27.446.902,12, de acordo com placa informativa no local. As casas têm 42,18 m² cada. O conjunto terá toda infraestrutura, incluindo água, energia elétrica, iluminação púbica, rede de esgoto, drenagem, pavimentação, e arborização. O local que hoje está a favela será revitalizado, às margens do Córrego Segredo. Moradores vivem em condições insalubres e já contaram em reportagens anteriores que a Agência de Habitação já passou pelo local cadastrarem as famílias por três vezes.
“Estas Obras do Minha Casa Minha Vida está em fase de conclusão. Precisamos fazer a remoção do moradores da Favela Portelinha para continuar a obra do Córrego Segredo, remoção prevista para até setembro deste ano”, disse Semy.
Hospital do Trauma
Iniciado em 2002, o Hospital do Trauma, anexo à Santa Casa de Campo Grande só está 55% pronto, segundo dados apontados pelo presidente Wilson Teslenco em depoimento para a CPI da Saúde na Assembleia Legislativa no ano passado. Ele também disse que há disponíveis R$ 5 milhões para a conclusão.
Porém, a reportagem foi até o local nesta semana e nenhum operário foi visto. O Hospital do Trauma já foi paralisado diversas vezes. Em 2009 um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) chegou a ser firmado para que a obra fosse acabada em no máximo 10 dias. Em 2010 uma licitação foi feita para a contratação de nova empresa.
De acordo com Teslenco, o atraso se deu porque o Ministério da Saúde que anteriormente havia aprovado as planilhas da obra, reprovou medições posteriores causando mais paralisações.
Inicialmente o local era pra ser uma maternidade e foram gastos pouco mais de R$ 1 milhão. Quando alterado o projeto para ser um hospital que atendesse vítimas de trauma, foram repassados pelo Ministério da Saúde quase R$ 10 milhões, conforme placa afixada no local. O custo operacional mensal da unidade seria de R$ 16 milhões.
O prédio terá 141 leitos, sendo 110 de internação, 18 de observação do tratamento intensivo, dez de CTI (Centro de Tratamento Intensivo), três de isolamento e cinco salas de cirurgia.
Conforme a Prefeitura, a obra pertence à Santa Casa e com o fim da intervenção a Seintrha deixou de fiscalizar.
Macro Anel
Obras do Macro Anel Viário em Campo Grande estão paralisadas. No final do ano passado, o secretário municipal de Infraestrutura Semy Ferraz anunciou que R$ 2.007.779,14 em recursos do governo Federal foram disponibilizados para dar continuidade à obra, porém que em torno de R$ 17 milhões ainda seriam necessários para a conclusão. Nenhuma máquina foi vista trabalhando no local nesta semana.
No último trecho executado, o secretário disse que houve falha na base de concreto aplicado pela empreiteira, que já corrigiu o problema. O custo total do projeto totaliza R$ 32 milhões, sendo R$ 27 milhões do Ministério dos Transportes e R$ 5 milhões de contrapartida da Prefeitura de Campo Grande. O Macro Anel liga as saídas de Rochedo e Rochedinho.
Semy disse que a empresa Anfer – responsável pela obra – já está corrigindo e arcando com os custos dos problemas de base que não passou no teste de qualidade. “O governo federal liberou na semana passada R$ 13 milhões para esta obra. Estamos reiniciando esta obra com previsão de conclusão até o final do ano”, acrescentou.
Centro de Belas Artes
O Centro de Belas foi iniciado no Governo de Pedro Pedrossian há 24 anos para ser uma rodoviária, mas a acabou sendo embargada e em 2011 entrou como parte do projeto de urbanização da Orla Ferroviária, para virar um local que reunisse arte e cultura. Nenhum operário foi visto pela reportagem trabalhando pelo local que acumula mato e pichações.
Segundo dados da gestão de Nelsinho Trad, a primeira etapa de obras contou com R$ 6.449.750,08. A segunda teve investimento de R$ 3.188.752,83. Todo o projeto tem investimento total de R$ 28,8 milhões.
O complexo de 11 mil metros quadrados na Avenida Ernesto Geisel com a Rua Plutão, ainda abrigaria um estação ferroviária.
O secreário explicou que a obra foi paralisada pela Empresa Mark. No entanto, Semy admitiu a dificuldade de pagar alguns serviços que não estão no contrato. “Existem muitas inconsistências entre a planilha contratada e os itens de serviços necessários para a conclusão da obra. Provavelmente teremos que encerrar o Contrato atual e fazer nova planilha e licitar”, pontuou.
Anexo da Assembleia Legislativa
Uma obra anexa ao prédio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul está parada e de acordo com entrevistas anteriores com o presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB), são gastos em média R$ 300 mil por mês.
O “Anexo”, como é chamado por parlamentares, deveria ser entregue até julho de 2012, mas até o momento apenas uma fase foi concluída. As outras fases de ampliação contemplariam reforma de gabinetes, que passariam a ter 89 metros quadrados [hoje eles têm 48m²], novo espaço para a TV Assembleia, setor de informática e Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet.
Além do Plenário Deputado Júlio Maia e Plenarinho Nelito Câmara, a Casa de Leis receberia mais um plenário e sala de conferência no projeto executivo, conforme entrevistas anteriores do deputado estadual Paulo Correa, que coordena a obra.
O valor global da obra anunciado à época do lançamento era de R$ 6,2 milhões e a empresa responsável é a Delta Desenvolvimento de Engenharia Ltda, que foi doadora de campanha em 2012 ao comitê do PMDB (R$ 50 mil) e em 2006 ao deputado estadul Carlos Marun (R$ 25 mil), de acordo com o Portal da Transparência.
Rotunda
A Rotunda, um depósito de locomotivas e local onde também se fazia a manutenção dos vagões na Esplanada dos Ferroviários na Capital, ainda aguarda os investimentos de R$ 16 milhões anunciados em 2011 como parte do projeto de revitalização do Centro de Campo Grande, de um total de R$ 30 milhões.
O local seria usado para a memória ferroviária, com trem turístico que iria até o Centro de Belas Artes (também inacabado) e com vagões de serviços. Todo esse conjunto arquitetônico foi erguido entre os anos 1941 e 1943 e está inserido em um espaço localizado no final da Feira Central, com acesso pela rua 14 de Julho. Atualmente, moradores de rua ocupam os espaços da Rotunda abandonada pelo poder público.
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