A segunda safra de milho do Brasil em 2013/14, que começa a ser colhida nos principais Estados produtores, foi estimada em 45,66 milhões de toneladas, informou nesta terça-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que havia projetado colheita de 43,74 milhões de toneladas em seu relatório de maio.

A companhia também elevou a estimativa de produção de trigo e reduziu a de soja.

O maior volume da chamada “safrinha” de milho contribui para uma elevação também na estimativa da safra total de milho do país nesta temporada, para 77,89 milhões de toneladas, ante 75,19 milhões de toneladas em maio e não muito distante do recorde de 81,5 milhões de toneladas produzidas na safra 2012/13.

“Na medida em que se avança para a apuração final dos números da lavoura nessa temporada, constata-se que a diminuição anteriormente prevista da área plantada com o cereal parece não ter atingido as dimensões inicialmente imaginadas”, disse a Conab, em seu relatório.

Segundo a agência estatal, somando-se a primeira e a segunda safras de milho, a área destinada ao cereal será de 15,73 milhões de hectares, ante 15,32 milhões do levantamento de maio.

TRIGO E SOJA

A Conab elevou a previsão para a safra 2014 de trigo para 7,37 milhões de toneladas, contra 6,88 milhões vistos em maio e acima da colheita de 2013, de 5,53 milhões de toneladas, acompanhando um aumento de área.

“O aumento previsto para essa safra tem relação com o mercado, que deve continuar com a demanda aquecida, assim como foi na safra anterior, em função, dentre outras razões, dos distúrbios que estão ocorrendo na Ucrânia, importante participante no mercado do cereal, que fizeram com que os preços do produto atingissem nesta semana o maior patamar dos últimos 13 meses”, disse a Conab.

A safra de soja 2013/14, que está praticamente encerrada, teve sua estimativa ajustada para 86,05 milhões de toneladas, ainda um recorde, mesmo que represente uma redução ante os 86,57 milhões de toneladas previstos em maio. Em 2012/13 o país havia colhido 81,5 milhões de toneladas da oleaginosa.

“No Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor, a despeito do forte incremento observado na área plantada e o fato de que a implantação da lavoura ocorreu dentro do período considerado ideal para a cultura, a má distribuição das chuvas ao longo do ciclo produtivo prejudicou o desenvolvimento da cultura na maioria das regiões produtoras”, afirmou a Conab.