Algumas categorias de servidores públicos estaduais continuam na briga para garantir reivindicações e ajustes funcionais e salariais.

O governo passou o dia tentando acalmar os ânimos das categorias insatisfeitas. Os projetos foram apresentados na manhã desta terça-feira (25) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Durante a tarde, quatro categorias estiveram reunidas na Casa de Leis com apoio dos deputados.

As reuniões foram feitas individualmente com o advogado Carlos Roberto de Marchi, o Neno. Os representantes da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) e a deputada estadual Dione Hashioka (PSDB) foram os primeiros.

As servidoras preferiram não comentar sobre a reunião. “Ainda estamos em tratativas”, afirmou a analista de regulação da agência, Silvia Hafez. Ela esteve na sessão de hoje e pediu apoio aos deputados estaduais no processo de aprovação do pedido, e mais do que reajuste salarial, a categoria quer a organização da carreira. Já a tucana não saiu com tanto entusiasmo. “Ele nos disse que não teria tempo hábil”, pontuou.

Em seguida foi a vez do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração do Estado de Mato Grosso do Sul (Sindsad) representando a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS). Segundo o diretor Carlos Verzona, o principal problema é a equiparação salarial.

“Tem pessoas que fazem quase mesma função e uns recebem 15% de adicional e outros 100%”, explicou o sindicalista. A luta é pelos 244 servidores de nível superior que é o quadro mais defasado.

A deputada Mara Caseiro (PTdoB) que acompanhou os representantes da Cultura não tem expectativas muito positivas. “Não avançamos em nada. O problema é o impacto financeiro”, afirmou.

Já os servidores da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) organizaram uma comissão para discutir o Plano de Cargos e Carreira (PCC). Conforme Jane Aparecida da Silva, o plano já foi pensado com a equiparação salarial. “Para nós não acompanha nem o salário mínimo”, ressaltou.

Após a reunião, Pedro Kemp (PT) marcou um encontro para a manhã de quarta-feira (26) para acompanhar a comissão até a Procuradoria-Geral do Estado (PGE). O petista explicou que o grupo argumentou que o plano já foi enviado ao governo e estaria na PGE. “Tem que ver se tem minuta. O pessoal alega que está na PGE e nós vamos verificar”, pontuou.

O representante do governo ainda recebeu os auditores da Saúde. O líder do governo, Júnior Mochi (PMDB), disse que a negociação para essa categoria poderá ficar para depois do prazo. Por causa do ano eleitoral, projeto que afetem as finanças do Estado só podem ser votados até seis meses antes da eleição.

“Combinamos que se não houver impacto não precisa de aprovação até quinta (03/04)”, enfatizou o peemedebista. Mochi disse ainda que a categoria quer incorporar metade do abono salarial de R$ 266 no salário e recolher impostos também sofre as verbas transitórias – como adicionais – para efeito de aposentadoria.

O governo continua as negociações ainda esta noite com representantes da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e de Secretaria Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur).