Com pesque e solte liberado, Corumbá passa a ter números econômicos do turismo de pesca
A partir deste sábado, 1º de fevereiro, está liberado o pesque e solte no rio Paraguai. A pesca de captura está suspensa até 28 de fevereiro e o desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à delegacia de Polícia Civil para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se […]
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A partir deste sábado, 1º de fevereiro, está liberado o pesque e solte no rio Paraguai. A pesca de captura está suspensa até 28 de fevereiro e o desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à delegacia de Polícia Civil para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção. À exceção do pesque e solte na calha do principal rio pantaneiro, a única pesca permitida neste período, na bacia do rio Paraguai e nos rios de domínio do Estado de Mato Grosso do Sul na Bacia do Paraná, é a pesca de subsistência.
Com o pesque e solte liberado, o segmento do turismo de pesca esportiva de Corumbá já sabe que tipo de turista vai chegar à cidade para a temporada e quanto ele deve gastar durante a estadia. Esse perfil foi identificado pela pesquisa de Demanda e Movimentação Econômica do Turismo de Pesca Esportiva, realizada pelo Observatório do Turismo.
Apresentados esta semana durante reunião do Conselho Municipal do Turismo, os dados da pesquisa mostraram que a movimentação econômica na cidade provocada pelo turista da pesca esportiva foi de praticamente R$ 100 milhões ao longo dos oito meses de temporada em 2013. A pesca fica completamente liberada a partir de 1º de março.
Esse dinheiro, mais precisamente R$ 99.551.759,04, girou na economia corumbaense a partir da movimentação turística nos chamados cruzeiros fluviais – que são oferecidos pelos barcos hotéis – e polos turísticos da zona rural: distrito de Albuquerque, Porto da Manga/Passo do Lontra e Porto Morrinho. O montante leva em consideração da cadeia direta e indireta do segmento.
A pesquisa do Observatório mostra que o turista que vem a Corumbá para praticar a pesca esportiva é do sexo masculino, casado (79,82%), tem entre 46 a 65 anos (46,63%) e vem da região Sudeste do Brasil (73,54%), predominantemente do estado de São Paulo, e tem renda acima de R$ 5.001 (69,96%).
No período em que permanecem na cidade, gastam mais de R$ 3 mil com compras diversas. No cálculo da pesquisa deixam, só com esses gastos, a quantia de mais de R$ 1,3 milhão. Um dado curioso é que eles também vão à Bolívia e gastam o estimado em R$ 8 milhões em compras naquele país.
Além da movimentação comercial, o turismo de pesca também é forte gerador de empregos. Diretamente, a pesca esportiva gera 551 postos de trabalho em seus 30 empreendimentos (empresas). O salário médio pago aos profissionais do setor fica na faixa de R$ 1.700. Esses números remetem a injeção mensal de R$ 936.700 na economia e um total de R$ 7.493.600 ao longo de toda a temporada.
O Observatório identificou ainda o nível de satisfação desse turista. De acordo com o levantamento, 96,86% dos entrevistados avaliaram positivamente o passeio (consideraram muito bom e bom). Entretanto, 47% avaliaram como “Regular” ou “Ruim” as opções de lazer oferecidas pela cidade. Contudo, 97% responderam que pretendem retornar à cidade. A imensa maioria ( 99,1%) afirmou que indicaria Corumbá como destino turístico.
A pesquisa de Demanda e Movimentação Econômica do Turismo de Pesca Esportiva foi aplicada ao longo da temporada de pesca, mais efetivamente nos meses de agosto, setembro e outubro. Foram aplicados 223 questionários semi-estruturados diretamente com turistas ao chegarem dos cruzeiros fluviais, além de entrevistas com 10 empresários do setor. A margem de erro é de 7% para mais ou para menos.
Futuro sustentável
Joice Santana Marques, presidente da Associação Corumbaense das Empresas de Turismo (Acert), disse durante a reunião do Conselho, após a exposição das estatísticas, queos resultados oferecem dados consistentes sobre o setor, e ajudam a desmistificar qualquer imagem negativa da atividade. “São dados importantes para o setor. Há uma imagem equivocada com relação ao empresariado do turismo de pesca na cidade, de que só tiramos da cidade. Mas, foram esses empresários que buscaram a piracema, o pesque e solte do dourado”, afirmou.
Diretora-presidente da Fundação de Turismo, Hélènemarie Dias Fernandes, destacou que a pesquisa aponta caminhos para tornar o turismo mais organizado dentro do município, bem como leva informações sólidas para a população reconhecer essa atividade como fundamental. “Depois de 35 anos, Corumbá passa a ter uma base de dados do Turismo. No segmento da pesca esportiva temos um desafio para o setor. Precisamos buscar estratégias para a promoção, de forma sustentável, em âmbitos nacional e internacional, do nosso município. Precisamos pensar em práticas para a implantação de um Selo de Turismo Sustentável”, finalizou.
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