Com medo de calote, empregados de empresa de gás passam a noite em vigília no local

Os funcionários da Gás e Cia, que foram surpreendidos pelo fechamento repentino da empresa, ficaram na frente da sede da distribuidora desde a noite da terça-feira (1º) e permanecem em vigília, ‘de olho’ no patrimônio que está no local, nesta quarta-feira (2). Todos aguardam uma definição da Justiça depois que foram surpreendidos pelo fechamento da unidade. […]

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Os funcionários da Gás e Cia, que foram surpreendidos pelo fechamento repentino da empresa, ficaram na frente da sede da distribuidora desde a noite da terça-feira (1º) e permanecem em vigília, ‘de olho’ no patrimônio que está no local, nesta quarta-feira (2). Todos aguardam uma definição da Justiça depois que foram surpreendidos pelo fechamento da unidade.

De acordo com o Sindicargas (Sindicato Dos Trabalhadores em Transporte de Cargas), o sindicato fez o pedido de bloqueio dos bens da empresa e a juíza deferiu em parte o pedido, determinando que um oficial de Justiça fizesse o levantamento dos bens da distribuidora. Agora, eles esperam a decisão final para saber se os bens da empresa se empresa serão usados para realizar o pagamento dos salários dos funcionários e dos direitos trabalhistas.

Mesmo com uma promessa do advogado da empresa, de que até sexta-feira (4), o proprietário faria um empréstimo para garantir o pagamento dos salários, os trabalhadores resolveram ficar na frente da distribuidora de gás, para impedir que o proprietário retirasse os bens, que possivelmente serão usados para fazer o pagamento dos funcionários.

Durante a noite, alguns dos homens permaneceram no local e a maioria voltou durante o dia. Os funcionários dizem que durante a manhã, cobradores e pessoas que haviam comprado vale-gás e que agora, não vão conseguir receber o botijão.

“Veio cobrador, cliente do vale-gás que ficaram sabendo pela TV e pela Internet. Nem sabemos se os supermercados que eram os principais compradores do vale-gás estão sabendo [do fechamento]. Teve gente que veio e disse que ia tentar sustar o cheque que fez para empresa”, conta Cleice Cristina Silva Carvalho, que trabalhava há três anos na empresa.

Os trabalhadores são unânimes em dizer que precisam receber pelo menos o salário de junho, já trabalhado, além disso, ainda há férias vencidas, FGTS atrasado e dos direitos pelo fechamento da empresa.

Pelo patrão ter um histórico de não ‘honrar a palavra’, combinando pagamento de horas extras que não caiam na conta, os funcionários aguardam a decisão da Justiça, garantindo os direitos. “Só falam que vão ver. Precisamos ter certeza que vai sair nosso acerto”, diz um dos funcionários.

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