Com estrangeiros ‘econômicos’, Copa esvaziou hotéis e deixou prejuízo no turismo de MS

Para o setor turístico de Mato Grosso do Sul a Copa do Mundo de Futebol teve mais frustração, além do vexame que a Seleção Brasileira deu. Embora os números oficiais ainda não tenham sido fechados, empresários da área que esperavam faturar com o campeonato mundial lamentam o movimento fraco durante junho e julho. Um dos […]

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Para o setor turístico de Mato Grosso do Sul a Copa do Mundo de Futebol teve mais frustração, além do vexame que a Seleção Brasileira deu. Embora os números oficiais ainda não tenham sido fechados, empresários da área que esperavam faturar com o campeonato mundial lamentam o movimento fraco durante junho e julho.

Um dos principais roteiros turísticos do mundo, Bonito, a 261 quilômetros de Campo Grande, registrou redução na ocupação esperada para o período neste ano. Em hotéis e pousadas, gerentes confirmam que o movimento ficou abaixo do registrado no ano passado, por exemplo.

“A Copa não teve efeito nenhum na presença de turistas na cidade. Para esta época do ano até houve uma queda e, talvez com o fim do torneio, o movimento volte ao normal e os turistas apareçam”, torce uma operadora que mantém agência de viagens na cidade turística.

Segundo a presidente da Abaetur (Associação Bonitense de Agências de Ecoturismo), Maria Leopoldina de Almeida Campos, ainda não há números oficiais. Mas ela confirma que alguns hotéis investiram na melhoria da estrutura e não tiveram o retorno esperado.

“Alguns hotéis fizeram investimento com o treinamento de pessoal para melhorar o receptivo. Os cursos aconteceram com um ano antecedência, mas não houve o retorno esperado”, afirmou.

Segundo ela, com a Copa do Mundo as passagens aéreas tiveram aumento no preço e isso pode ter afugentado os turistas. “Em anos anteriores, o movimento de turistas era bem maior. Neste ano, ao contrário do esperado houve uma redução. Talvez agora, com o fim da Copa eles (os turistas) apareçam”, repete.

Estrangeiros econômicos

Outro polo turístico de MS, Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande, serviu mais como corredor de turistas que se dirigiam para as cidades que sediaram jogos do Mundial. Fontes da Prefeitura Municipal, que também ainda não tem um levantamento oficial, adiatam que os reflexos na cidade foram pequenos.

“A cidade serviu apenas como porta de entrada no País para os turistas que iam assistir aos jogos da Copa. Restaurantes podem até ter tido um aumento na clientela, mas nos hotéis pouca gente parou”, afirmou o servidor da prefeitura.

Em Campo Grande, no entanto, um setor comemora o período. No Hostel Campo Grande, que funciona no sistema de albergue, foi sentido um aumento na clientela. De acordo com um funcionário do local, muita gente fez do local um “entreposto”.

O fato reforça a informação de que a maior parte dos turistas que vieram ao Brasil preferiram instalações econômicas, em clima aventureiro, e não com o glamour de alto custo esperado na maioria dos setores.

“O pessoal usou o nosso estabelecimento como um ponto de apoio. Parava aqui para esperar conexão para as cidades que tinham jogos ou vinham destas cidades e iam para outras regiões do Estado como o Pantanal. O aumento foi de aproximadamente 60% neste período da Copa. Nos últimos três dias voltou à normalidade”, concluiu.

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