Com déficit de R$ 150 mil mensal, Nosso Lar pede apoio do prefeito

Com um déficit mensal de R$ 150 mil, o Hospital Nosso Lar, referência no atendimento psiquiátrico em Mato Grosso do Sul está na iminência de encerrar suas atividades em função da crise financeira. O prefeito Gilmar Olarte se reuniu com a diretoria da entidade que veio pedir apoio do Município, com o restabelecimento da parceria […]

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Com um déficit mensal de R$ 150 mil, o Hospital Nosso Lar, referência no atendimento psiquiátrico em Mato Grosso do Sul está na iminência de encerrar suas atividades em função da crise financeira. O prefeito Gilmar Olarte se reuniu com a diretoria da entidade que veio pedir apoio do Município, com o restabelecimento da parceria que existia até 2012 e foi interrompida em 2013 pela gestão passada. Nesta parceria, a Secretaria Municipal de Saúde Pública – Sesau cedia os profissionais para atuar nos plantões, que hoje estão sendo bancados pela instituição ao custo mensal de R$ 18 mil.

O Nosso Lar recebe pacientes de todo o Estado de Mato Grosso do Sul e conta com 220 leitos, sendo 160 disponibilizados para o Sistema Único de Saúde – SUS. A diretora da entidade, Angela Barsante Moreno fez um relato da situação em que se encontra hoje o hospital e lamentou o risco de fechar a unidade, caso não haja alternativa para equilibrar o déficit financeiro que atinge R$ 150 mil/mês. “Após a redução significativa de leitos do Hospital Regional e da Santa Casa, a única alternativa para a população que depende do sistema público de saúde é o Hospital Nosso Lar. A crise que a unidade enfrenta começou há anos, mas tornou-se ainda mais grave no começo do ano passado, quando o Município interrompeu o repasse que era feito por meio de convênio”, explicou.

“No ano passado o Município informou que não teria condições de seguir com a parceria e então o governo do Estado deu um incremento de R$ 50 mil mensais, que até fevereiro deste ano nos permitiu receber os pacientes”, relatou Angela.

Olarte assegurou apoio do Município para garantir o atendimento no Hospital e propôs uma aproximação da Prefeitura, Estado e a mantenedora da entidade – Centro Espírita Discípulos de Jesus, para que juntos possam buscar alternativas não apenas para melhorar o atendimento, mas também ampliar sua capacidade, já que hoje o déficit na área de psiquiatria no Estado atinge 200 leitos.

“Eu conheço bem a realidade do Hospital Nosso Lar e sei das dificuldades que aqueles corajosos profissionais enfrentam para manter a unidade aberta. Diferente dos hospitais gerais que hoje recebem uma diária de R$ 300 em média por paciente, o Hospital Nosso Lar sobrevive desde 2009 com o repasse de R$ 43 por diária, o que não cobre os gastos com o paciente. Minha equipe tem muito a contribuir se as partes envolvidas demonstrarem interesse em ampliar as possibilidades de atendimento da unidade e, com isso, conseguirmos aumentar esse teto via SUS, quem sabe até equiparando com os demais hospitais”, sugeriu o prefeito.

Inaugurado em 1966, o Hospital Nosso Lar, que funciona na Vila Planalto, se mantém com verbas repassadas via SUS, que corresponde a 50% e a diferença vem por meio dos convênios médicos e também de doações espontâneas da sociedade. Além do atendimento a pacientes portadores de transtornos mentais crônicos e agudos, o hospital recebe dependentes químicos e alcoolistas.

A reunião, que aconteceu no gabinete do prefeito Gilmar Olarte, no Paço Municipal, teve a participação do secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Antônio Lastória. A reunião, que aconteceu no gabinete do prefeito Gilmar Olarte, no Paço Municipal, teve a participação do secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Antônio Lastória.

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