Cinegrafista Santiago Andrade será cremado no Rio; velório ocorre na quinta

O corpo do cinegrafista Santiago Andrade, 49 anos, será cremado ao meio-dia de quinta-feira no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. O velório está previsto para ocorrer entre as 7h e as 11h, antecedendo uma cerimônia reservada aos familiares que deve durar uma hora. A família atendeu a um desejo do cinegrafista e autorizou […]

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O corpo do cinegrafista Santiago Andrade, 49 anos, será cremado ao meio-dia de quinta-feira no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. O velório está previsto para ocorrer entre as 7h e as 11h, antecedendo uma cerimônia reservada aos familiares que deve durar uma hora. A família atendeu a um desejo do cinegrafista e autorizou a doação de órgãos.

O profissional da Rede Bandeirantes teve morte cerebral declarada ontem, quatro dias depois de ser internado com ferimentos na cabeça devido a um rojão disparado contra ele em uma manifestação na Central do Brasil.

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral

Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde do dia 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite do dia 6.

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

O tatuador ajudou a polícia a reconhecer um segundo responsável pelo disparo do artefato que causou a morte do cinegrafista. Raposo, preso no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações e que esse rapaz tem perfil violento.”

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