Cidade em Gaza varre os escombros e tenta voltar à vida cotidiana
Não era o local da festa de casamento que Riyad Fayad tinha planejado para o casamento de sua filha, Heba, mas com sua casa de Gaza danificada e o bairro em escombros, um abrigo parecia ser a única opção. O centro de refugiados da ONU, em uma escola no centro da Cidade de Gaza, se […]
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Não era o local da festa de casamento que Riyad Fayad tinha planejado para o casamento de sua filha, Heba, mas com sua casa de Gaza danificada e o bairro em escombros, um abrigo parecia ser a única opção.
O centro de refugiados da ONU, em uma escola no centro da Cidade de Gaza, se tornou o lar temporário de milhares de palestinos desalojados pela guerra de um mês com Israel, muitos deles são do norte, da cidade de Fayad, Beit Hanoun.
Eles dormem em colchões no chão das salas de aula da escola, onde varais com roupas ficam pendurados nas janelas. Aqueles que não têm quartos fizeram abrigos no pátio, usando as carteiras de madeira e lençóis.
Riyad, de 47 anos, pai da noiva, disse que ele queria dar à sua comunidade um motivo para comemorar e escolheu a escola como local para o ritual de henna de Heba – evento que antecede o casamento – onde as mulheres convidadas decoram suas mãos com tatuagem temporária.
“Apesar do bombardeio de nossas casas e da destruição, estamos olhando para a frente, para a vida,” disse Riyad no pátio enquanto esperava que sua filha chegasse.
Minutos mais tarde, crianças do acampamento começaram a gritar e correram em direção ao portão da escola. Heba, envolta em uma abaya – longa túnica preta – e véu cobrindo o rosto todo, chegou para sua festa em um carro das Nações Unidas, sendo recebida pela multidão como uma estrela de cinema.
As pessoas de Beit Hanoun, cidade da família, que fica na fronteira com Israel, estão tentando reconstruir suas vidas depois de uma guerra que já matou quase 2 mil pessoas na Faixa de Gaza.
Aqueles que podem, voltam para os bairros com fornecimento de eletricidade irregular, e varrem os escombros. Outros como os Fayad estão tentando transformar os centros para refugiados em um lar longe de casa, dormindo lá e indo e voltando da cidade para pegar seus pertences.
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