Chega a quatro o número de mortos em rebelião no Paraná
Chega a quatro o número de mortos na rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, na Região Oeste do estado do Paraná. Além dos dois homens decapitados mais cedo, outras dois reféns, que foram arremessados do telhado de um dos pavilhões morreram no hospital. Outros três feridos, que também foram lançados para fora do presídio, seguem […]
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Chega a quatro o número de mortos na rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, na Região Oeste do estado do Paraná. Além dos dois homens decapitados mais cedo, outras dois reféns, que foram arremessados do telhado de um dos pavilhões morreram no hospital.
Outros três feridos, que também foram lançados para fora do presídio, seguem internados no pronto-socorro local. Antes da queda, de uma altura entre 12 e 15 metros, eles foram espancados e amarrados. Os feridos permaneceram no local por várias horas até que a equipe de socorristas do Corpo de Bombeiros teve acesso para atendê-los.
No início da noite deste domingo, a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça do Paraná informou que as negociações continuam. Uma comissão formada pela secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Cezinando Paredes, o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar e o juiz da Vara de Execuções penais dialoga diretamente com os presos. A segurança no local foi reforçada.
Até o momento, não houve avanço nas negociações. A água e a energia elétrica do presídio foram cortadas. Ainda segundo a secretaria, é possível que as negociações possam virar a noite.
O Depen informou que um dos mortos por decapitação é um ex-policial civil que estava preso por comandar um esquema de furto e desvio de peças de veículos apreendidos que ficavam no pátio 15ª Subdivisão Policial de Cascavel. Mais cedo, 77 presos foram transferidos para uma unidade próxima, a Penitenciária Industrial de Cascavel. Os detentos têm bom comportamento e vinham sendo ameaçados.
Entenda o caso
De acordo com a PM, o motim começou por volta das 6h, quando os agentes penitenciários se preparavam para servir o café da manhã. Dos 1040 presos, pelo menos 600 teriam aderido ao movimento. Os dois agentes penitenciários feitos reféns ainda seguem nas mãos dos presos.
A PM informou também que outros detentos foram feitos reféns, mas não soube informar a situação que se encontram. Durante a rebelião os amotinados se concentraram no telhado da penitenciária, que fica próxima do perímetro urbano de Cascavel. Eles destruíram parte da estrutura e atearam fogo em colchões levados até o teto.
Os presos, em sua maioria, cobriam os rostos e exibiam uma bandeira do PCC (Primeiro Comando da Capital), uma facção criminosa que comanda presídios em vários estados brasileiros, sobretudo em São Paulo. As informações sobre os motivos do movimento ainda são desencontradas, mas os detentos reclamam de maus tratos e qualidade da alimentação na unidade, que enfrenta a sua primeira grande rebelião desde a sua inauguração em 2007.
Por volta das 17h, familiares dos detentos bloquearam a BR-277, principal rodovia do oeste paranaense e que dá acesso a PEC. Relatos de policiais e de agentes que acompanham a rebelião informam que todos os pavilhões da unidade prisional foram destruídos.
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