Cavaleiro das Américas chega ao Brasil e é recebido por comitiva no Porto Geral

Após dois anos viajando, o Cavaleiro das Américas, Filipe Masetti, finalmente chegou ao Brasil. Ele foi recepcionado no final da manhã desta terça-feira, 03 de junho, no Porto Geral de Corumbá por uma comitiva de Barretos (SP). Masetti e seus “filhos”, como ele chama os três cavalos, que o acompanham desde a América do Norte, […]

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Após dois anos viajando, o Cavaleiro das Américas, Filipe Masetti, finalmente chegou ao Brasil. Ele foi recepcionado no final da manhã desta terça-feira, 03 de junho, no Porto Geral de Corumbá por uma comitiva de Barretos (SP). Masetti e seus “filhos”, como ele chama os três cavalos, que o acompanham desde a América do Norte, ficaram retidos na Bolívia por 40 dias e depois desse período de quarentena puderam cruzar a fronteira boliviana e entrar em território brasileiro.

A saga começou em junho de 2012 quando Filipe saiu do Canadá. Ele decidiu fazer essa viagem porque, ainda criança, ouviu o pai contar a história de um homem que também viajou por vários lugares a cavalo.

“Era o sonho da minha vida, quando eu era criança meu pai me contava a história de um suíço que viajou a cavalo desde a Argentina até os Estados Unidos em 1925 e escreveu um livro maravilhoso. Meu pai, antes de eu dormir, lia esse livro para mim. Então, se tornou um sonho fazer uma cavalgada de longa distância. Eu estava estudando jornalismo no Canadá e laçando nos rodeios de lá. Foi uma coisa muito forte, vou ter que voltar ao Brasil a cavalo, escrever um livro e fazer um documentário”, contou ao Diário Corumbaense o Cavaleiro das Américas, explicando como surgiu a ideia.

Na recepção, feita pela comitiva de Barretos, foi servido um almoço “Queima de Alho”, comida típica do peão estradeiro. “Desde quando o Filipe saiu do Canadá a gente vem acompanhando todos os países por qual passou e as dificuldades que enfrentou. De lá de Barretos, a gente procurou dar todo o suporte. Não poderíamos deixar de vir até a chegada no Brasil para dar total respaldo para ele, por isso viemos com essa comitiva para mostrar um pouco mais da nossa culinária”, disse Gerônimo Luiz Muzetti, presidente da comitiva Os Independentes. A cantora Zélia Duncan, que faz um show nesta terça-feira em Corumbá, participou da recepção a Masetti.

Filipe disse que após todo esse tempo longe de seu país, ser recepcionado por pessoas que o ajudaram não tem explicação. “Essa é a parte mais bonita da viagem, essa recepção. Eu sou jornalista e como jornalista sempre falamos do lado negativo, porque é o que vende a notícia e eu quis mostrar o outro lado da notícia, que existem muitas pessoas boas no mundo. Para isso, basta ver o tanto de gente que estava aqui me esperando, fazendo festa e trocando uma ideia”, comentou o cavaleiro.

Foram inúmeras as dificuldades que passou até chegar aqui. Como enfrentar os carros e caminhões que trafegam nas estradas, porém a solidão foi o principal desafio. Com brilho no olhar, ele falou dos seus “filhos” que é como ele trata seus cavalos. “Eu cuido deles como se fossem meus filhos, eles comem antes de eu comer, tomam água antes de eu tomar e quando acontece algo com eles é a pior coisa do mundo, é muita dificuldade. Nós viemos caminhando e foi muita raça para chegar até aqui, viajando 30 quilômetros por dia e descansando a cada três ou quatro dias, mas sempre monitorando eles”, explicou.

Filipe deve seguir viagem na quinta-feira, dia 05, sempre no mesmo ritmo de 30 quilômetros por dia. Ele deve chegar a Barretos no dia 23 de agosto, durante a tradicional Festa do Peão de Boiadeiro, seu destino final.

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