A quadrilha detida pela Defurv (Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos) envolvida no crime do roubo de um Golf e na morte do proprietário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos, agiu com requintes de crueldades, conforme investigações das forças policiais envolvidas no caso. 

Antes mesmo da morte do empresário, a polícia diz acreditar que o bando já tinha a intenção de matar a vítima. “Eles chegaram a abrir um buraco ao lado da fossa, a fim de aumentar o local, onde ocultaria o corpo”, fala a titular da Defurv e responsável pelo caso, Maria de Lourdes Souza Cano. 
Os envolvidos haviam deixado um monte de lixo próximo ao buraco, que serviria para enterrar o corpo. “Tudo já estava armado, eles impossibilitaram qualquer defesa da vítima, que foi atraída para uma armadilha”, ressalta a delegada. 
ODOR 
Erlon foi morto com um tiro na cabeça, no dia em que saiu do trabalho para mostrar o automóvel que estava à venda. O fato aconteceu na casa da adolescente de 17, no bairro São Jorge da Lagoa – região sudoeste de Campo Grande. 
Após a execução, o corpo foi colocado na vala, ao lado da fossa e coberto pelo lixo. Ontem, depois de cinco dias, ele já estava em decomposição e apesar do odor forte, moradores e até mesmo o namorado da jovem se manifestou a respeito do cheiro, pois acreditava que fosse um problema na fossa. 
Ontem, durante a operação policial, a adolescente e o namorado foram surpreendidos no imóvel dormindo. O rapaz foi ouvido e liberado, depois de afirmar que não tinha conhecimento do crime de latrocínio – seguido de morte.