A família do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, morto em um latrocínio em abril deste ano, recorreu da decisão da Justiça, que negou o pedido de indenização de R$ 5 milhões e conseguiu que o (Departamento Nacional de Trânsito – MS) voltasse a figurar no polo passivo da demanda.

Na semana passada, o Detran havia conseguido ter a responsabilidade afastada no caso e somente a Ions Comércio, empresa terceirizada que fornecia placas de veículos para o Detran, era citada no processo de indenização. Um funcionário da Ions se aproveitava do cargo e forneceu placas ‘quentes’ para quadrilha que assassinou Erlon.

“Se assim é concedo o efeito suspensivo ativo ao recurso, para manter o requerido Detran MS no polo passivo da demanda e, de consequência, determinar o prosseguimento do feito na 2ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos da Comarca  de Campo Grande”. A decisão é do juiz Odemilson Roberto Castro Fassa.

Erlon foi atraído pela quadrilha no dia 1º de abril por meio de um anúncio da internet, onde ele havia oferecido um VW Golf, de cor prata. A vítima se encontrou com um dos suspeitos próximo de uma fábrica de refrigerantes, que fica na saída para São Paulo.

O criminoso convenceu o empresário a ir até o Bairro São Jorge da Lagoa, área sudoeste da Capital, para mostrar o carro a uma tia, que seria a compradora.

No local a vítima percebeu que se tratava de um roubo. Na casa da adolescente, ele foi morto com um tiro na cabeça. O corpo foi arrastado até o quintal e jogado em uma vala, ao lado da fossa. Por cima, foi colocado lixo. Já o carro foi levado para uma funilaria, onde foi pintado de branco e as placas trocadas.