Uma carta, escrita há 1.800 anos, recém-decifrada revela sentimentos de um soldado romano, suas preocupações familiares e outras questões de sua intimidade. A carta recém-decifrada é de um soldado egípcio chamado Aurélio Polion, que serviu provavelmente como voluntário em uma legião romana na Europa. As informações são do jornal Daily Mail.

A carta foi encontrada fora de um templo na cidade egípcia de Tebtunis mais de um século atrás, por uma expedição arqueológica liderada por Bernard Grenfell e Arthur Hunt, de acordo com a LiveScience. Ela revela a preocupação do soldado com sua mãe, e seu plano de voltar para família. Dirigida a sua mãe (uma vendedora de pão), irmã e irmão, trechos que puderam ser lidos na carta dizem: “Eu rezo dia e noite para que você esteja bem e com saúde, e eu sempre faço reverência diante de todos os deuses em seu nome”.

“Eu não deixo de escrever para você, mas você não me tem em mente”. “Estou preocupado com você, porque, embora você tenha recebido minhas cartas muitas vezes, nunca escreveu de volta para mim”.

Os pesquisadores conseguiram traduzir a maioria da carta, embora algumas partes estejam faltando – tal como o fim da frase anterior. No texto, o soldado diz que já escreveu seis cartas para sua família, sem resposta, o que sugere a existência de conflitos familiares.

“Enquanto você estava fora de Pannonia, enviei seis (cartas) para você, mas você me trata assim como um estranho”, o soldado escreve.

A carta só pôde ser transcrita quando Grant Adamson, doutorando na Universidade de Rice, criou imagens infravermelhas que puderam revelar o texto. A parte de trás dela contém instruções para que fosse entregue a um militar veterano, cujo nome, não confirmado, seria Acutius Leon, que poderia enviá-la para a família de Polion. Embora o Império Romano tivesse um sistema postal militar, Polion parece não tê-lo usado, preferindo confiar no militar.

A carta está agora na biblioteca Bancroft na Universidade da Califórnia, em Berkeley, EUA.