Capital paulista confirma a primeira morte por dengue no ano

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte por dengue no município. Segundo a prefeitura, um menino de 6 anos, morador do bairro do Jaguaré, na zona oeste, morreu na quarta-feira da semana passada (02/04), dois dias após ser internado. De acordo com comunicado, a criança foi levada ao Pronto-Socorro Municipal […]

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A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte por dengue no município. Segundo a prefeitura, um menino de 6 anos, morador do bairro do Jaguaré, na zona oeste, morreu na quarta-feira da semana passada (02/04), dois dias após ser internado.

De acordo com comunicado, a criança foi levada ao Pronto-Socorro Municipal João Catarin Mezomo, na Lapa, no dia 31 de março, com relato de febre há cinco dias, vômito e dor abdominal.

A prefeitura informou que a criança começou o tratamento como hipótese diagnóstica de dengue. Foi acolhido, avaliado, medicado e assistido até a transferência para UTI do Hospital Universitário da USP no dia 1º de abril. No dia seguinte, a criança morreu.

O registro de casos de dengue neste ano em São Paulo aumentou em 15,4% na comparação com o mesmo período de 2013. A comparação é feita considerando as notificações recebidas nas primeiras 13 semanas e pode variar na medida em que os casos são notificados pelas unidades de saúde.

Até esta semana, segunda a prefeitura, foram notificados 1166 casos de dengue em 2014, o que resulta em uma taxa de incidência de 10,4 (casos para cada 100 mil habitantes).

De acordo com o secretário municipal de Saúde, José de Filippi Jr., a ausência de chuvas neste verão atrasou o aparecimento e transmissão da doença, já que as larvas do mosquito Aedes aegypti dependem da água para chegarem na fase adulta, quando o mosquito se torna transmissor da doença. “O que identificamos é que existe uma defasagem em relação aos outros anos de duas a três semanas. Temos de nos preparar porque o pico que acontecia em março, vai acontecer em abril”, explicou o secretário.

Nesta segunda-feira (7), a prefeitura realizou uma ação conjunta com o município de Osasco na região do Parque Continental (subprefeitura da Lapa), em área próxima ao limite entre as duas cidades. Segundo o secretário José de Filippi Jr., em cerca de 30% das residências as pessoas se recusam a receber os agentes da prefeitura. “Quero tranquilizar a população. Quando os agentes chegam em suas casas estão fazendo a ação mais importante de saúde: a prevenção”, afirmou.

Maior incidência

Dos 98 distritos da capital paulista, cinco apresentam alto índice de incidência. No Jaguaré, foram registrados 208 casos e o índice é de 417,1, considerado alto. Na Lapa, foram 112 casos e índice de 170,4, considerando médio. Em Rio Pequeno foram notificados 114 casos e o índice é 96,2, limítrofe para médio.

Outros dois distritos, Tremembé, na zona norte, com 38,5 casos por 100 mil habitantes; e Vila Jacuí, na zona leste, com 30,2 casos, também apresentam índices acima da média da cidade. Ambos fazem limite com o município de Guarulhos.

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