Caos na saúde indígena gera cárcere privado de agentes e PF deflagra operação
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (19), a Operação Silvo, com o objetivo de cumprir cinco mandados de prisão contra índios da aldeia Jaguapiré, no município de Tacuru, a 427 quilômetros de Campo Grande, acusados manter em cárcere privado cinco agentes de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI). De acordo com o presidente […]
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A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (19), a Operação Silvo, com o objetivo de cumprir cinco mandados de prisão contra índios da aldeia Jaguapiré, no município de Tacuru, a 427 quilômetros de Campo Grande, acusados manter em cárcere privado cinco agentes de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI). De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena, Fernando Souza, a atitude é conseqüência da omissão do governo Federal as reivindicações de melhorias na saúde indígena de MS.
Em nota a assessoria de imprensa da PF afirmou que além do cumprimento às ordens judiciais, a Operação “visa restabelecer a ordem pública e permitir a prestação de serviços públicos essenciais na aldeia Jaguapiré e Sassoró, suspensos desde o dia 07 de janeiro”. A interrupção ocorreu porque um pequeno grupo de índios manteve em cárcere privado agentes de saúde da SESAI, além de subtrair a viatura utilizada pelos servidores públicos.
Segundo eles, a suspensão dos serviços vinha prejudicando o tratamento médico de índios enfermos e do acompanhamento de índias gestantes. Até o momento os policiais conseguiram capturar dois indígenas e recuperar a viatura da Sesai.
O presidente do Conselho Distrital de Saúde afirmou que as lideranças estão cientes do ato e que tentam acalmar os ânimos dos índios de região. “Eles acham que a culpa é do profissional que está na ponta, mas na verdade a culpa é do órgão. Eles estão abalados e esta é uma atitude extrema”, explica.
Conforme eles, os índios da Jaguapiré e Sassoró reivindicam a mais de 60 dias melhorias na atenção básica e a substituição do chefe do pólo da Sesai em Tacuru, Gilmar Rodrigues, e a nomeação de um índio para ocupar o cargo. No dia, 15 de janeiro, os índios bloquearam a rodovia MS-295, que liga Tacuru a Iguatemi, pedindo a troca.
Mobilizações
Desde o ano passado, os índios realizaram manifestações mo estado reivindicando melhorias na saúde. Na segunda-feira (17), indígenas das aldeias Jaguapirú e Bororó, de Dourados, distante 225 quilômetros de Campo Grande, realizam um bloqueio na rodovia MS-156.
Em janeiro, os índios encaminharam documento ao então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a presidenta, Dilma Roussef, pedindo alterações na forma de administração da DSEI-MS. Este foi à segunda carta sem reposta enviada ao governo Federal. A primeira ocorreu após a ocupação por mais de 40 dias do prédio da DSEI-MS, em setembro do ano passado, que resultou na exoneração do então coordenador Nelson Carmelo Olazar.
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