Cansados da insegurança, alunos protestam contra escuridão e violência em escola estadual
Estudantes da Escola Estadual Silvio de Oliveira, de Campo Grande (MS), organizam protesto em frente da instituição, marcado para esta quarta-feira (28), em virtude da falta de segurança no entorno da instituição. Eles relatam desde má iluminação até casos de assalto à mão armada nas proximidades. Somente na segunda-feira (26), três estudantes foram assaltadas no trajeto entre […]
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Estudantes da Escola Estadual Silvio de Oliveira, de Campo Grande (MS), organizam protesto em frente da instituição, marcado para esta quarta-feira (28), em virtude da falta de segurança no entorno da instituição. Eles relatam desde má iluminação até casos de assalto à mão armada nas proximidades. Somente na segunda-feira (26), três estudantes foram assaltadas no trajeto entre a praça próxima da instituição e a escola. Semana passada um homem pulou do muro de uma casa e perseguiu com uma faca um grupo de mulheres que saía da escola, relataram as estudantes.
“Está extremamente perigoso, por isso tomamos essa medida”, afirma a estudante do curso noturno voltado à Pedagogia Luzinete de Souza, de 50 anos. A aluna disse, ainda, que o grupo de meninas atacado teve de parar um ônibus fora do ponto para que pudesse entrar e escapar do homem.
A escola alvo das reclamações está localizada na Avenida Ernesto Geisel, próximo do Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Como o curso é no período noturno, as estudantes que reclamaram da situação dizem que as lâmpadas do ponto de ônibus em frente da instituição estão queimadas. “Na praça onde o pessoal desce para vir para a escola também está totalmente escuro”.
Além disso, segundo moradores da região, as árvores da praça servem de esconderijo para bandidos, que esperam a vítima passar e abordam com revólver. Além do ataque ao grupo de meninas, Luzinete contou que ainda na terça-feira (21) duas meninas de 15 e 16 anos foram assaltadas por um homem armado que levou seus celulares.
Com relação ao atendimento policial nesses casos, a estudante diz que mesmo com um posto policial a oito quadras da escola, a situação não é resolvida. “Já chamamos a polícia muitas vezes, teve casos que ninguém apareceu”, afirma.
Uma outra estudante de 38 anos, que preferiu não se identificar, confirma a situação relatada por Luzinete. Ela aponta a má iluminação e o mato mais alto que o muro como alvos fáceis para bandidos agirem. “Roubos têm sido constantes”, reclama.
Elas reclamam também da postura da direção com relação a esses casos. De acordo com a estudante, há lâmpadas queimadas no próprio estacionamento da escola. A estudante conta que os alunos já reclamaram com a diretora. “Ela diz que manda ofício, mas não adianta”.
O Midiamax procurou a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED), responsável pela escola, e a assessoria de comunicação afirmou que vai verificar a situação com a instituição e que acionará a Prefeitura de Campo Grande, no caso das lâmpadas das ruas e se tratar de iluminação pública.
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