Cansado de ser bonzinho, Felipão quer fim de clima ‘paz e amor’ na seleção brasileira

Luiz Felipe Scolari não quer mais o clima de paz e amor que a seleção tem vivido com os adversários. Depois da partida desta sábado contra o Chile, no Mineirão, pelas oitavas de final, a ordem mudou: voltar ao estilo Felipão, um pouco mais ‘agressivo’, segundo as palavras do próprio técnico da equipe. Até agora, […]

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Luiz Felipe Scolari não quer mais o clima de paz e amor que a seleção tem vivido com os adversários. Depois da partida desta sábado contra o Chile, no Mineirão, pelas oitavas de final, a ordem mudou: voltar ao estilo Felipão, um pouco mais ‘agressivo’, segundo as palavras do próprio técnico da equipe.

Até agora, a relação tem sido sempre amistosa entre a delegação brasileira e os outros times, também com jornalistas e torcedores. Mas a avaliação do treinador é de que isso não tem ajudado o time.

O episódio mais emblemático da cara boazinha do elenco convocado para a Copa do Mundo aconteceu contra o México, na segunda rodada da fase de grupos. No empate em 0 a 0, Thiago Silva deu um carrinho um pouco mais duro em Chicharito, por volta dos 30 minutos do segundo tempo. O zagueiro e capitão da seleção foi advertido com um cartão amarelo e logo pediu desculpas ao árbitro e ajudou o jogador a se levantar do chão.

Mesmo apanhando o jogo inteiro, como aconteceu contra Camarões e também contra o Chile, Neymar consegue manter a calma. O restante do time também pouco reage às faltas duras em seu principal jogador, deixando sempre o clima bastante amistoso dentro e fora de campo.

“Nós discutimos depois no vestiário, nós discutimos que estamos sendo muito educados e cordiais com os estrangeiros adversários. A gente falou que a gente não precisa ficar sendo apedrejado o tempo todo. Voltar um pouco mais ao meu estilo. É um pouco mais agressivo. Eu não estou aguentando mais a minha educação. Foi muito tenso ali no banco. Era uma guerra. Nós cumprimentamos e terminou o assunto”, afirmou o treinador.

“Mas para o país está sendo importante. Mas para o Brasil tem sido importante para que eles vejam que é possível se orgulhar. E estão vendo que somos muito cordiais. O nosso país acorda para muitas coisas por meio do futebol. Não é feio ser ufanista, não é feito elogiar nosso país. Estamos mudando um pouco isso. Esse é o quarto degrau, faltam três para a gente alcançar o céu. Mas temos de mudar o estilo”, completou.

O time convocado por Felipão tem, na verdade, muito pouco da sua cara. É a turma do choro e do abraço, certamente uma das mais sensíveis e emotivas desta Copa do Mundo. Lágrimas durante o hino, antes dos pênaltis, no final da partida, o tempo todo.

Com esse ou com um novo estilo, a seleção encontra com a Colômbia de James Rodriguez, da música e da dança, na próxima sexta-feira, dia 4 de julho, na Arena Castelão, em Fortaleza, em jogo decisivo, pelas quartas de final.

Confusão no jogo do Chile – O novo perfil da seleção deu as caras no intervalo do jogo contra o Chile. A Fifa confirmou neste domingo, em seu briefing diário, que de fato houve um incidente entre as delegações no intervalo da partida no Mineirão. Maria Jose, assessora de imprensa chilena, acusou o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, de ter agredido o atacante Pinilla durante a confusão. De acordo com a entidade, o Comitê Disciplinar está investigando o caso.

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