‘Canibal de Arapiraca’ é condenado a 19 anos por matar e comer coração de ex

A Justiça de Alagoas condenou nesta quinta-feira José Jorge da Silva, conhecido como “Canibal de Arapiraca”, a 19 anos e 3 meses de prisão por assassinar a ex-mulher, Edilza Vicente da Silva, e comer o coração dela, em setembro de 2010. O júri desconsiderou a alegação da defesa de que ele teria praticado o delito […]

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A Justiça de Alagoas condenou nesta quinta-feira José Jorge da Silva, conhecido como “Canibal de Arapiraca”, a 19 anos e 3 meses de prisão por assassinar a ex-mulher, Edilza Vicente da Silva, e comer o coração dela, em setembro de 2010. O júri desconsiderou a alegação da defesa de que ele teria praticado o delito sob violenta emoção por provocação da vítima e considerou que o crime de homicídio qualificado foi por motivo fútil e por meio insidioso e cruel.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o crime aconteceu após uma discussão do casal, que estava bebendo em um galpão localizado na rodovia AL-220, bairro Brasiliana, no município de Arapiraca. Segundo o Ministério Público do Estado (MP), José Jorge matou a ex-mulher com uma faca de serra depois que a vítima teria dito a ele que o atual namorado tinha melhor performance sexual que o réu. O acusado, após esfaquear a vítima, imobilizou-a e, em seguida, abriu o seu corpo, retirando as vísceras, com Edilza ainda viva e pedindo socorro. Por último, ele arrancou o coração da ex-mulher e o comeu.

Segundo o TJ-AL, o réu confessou que arrancou órgãos da vítima e transportou o coração para uma outra cidade do interior alagoano, para onde fugiu. Lá, teria pedido para que um conhecido os fritasse para que pudesse ingeri-los.

O magistrado que conduziu o julgamento, Alfredo dos Santos Mesquita, destacou a culpabilidade do réu, uma vez que retirou a vida de uma pessoa com quem tinha relacionamento íntimo. “Ao analisar os autos, não há dúvida da barbárie cometida contra a vítima, sendo que tal comportamento, realçado pelo modus operandi adotado pelo réu, demonstra que a liberdade do mesmo representa um perigo concreto a ordem pública”, disse o juiz.

José Jorge foi preso no dia 10 de outubro de 2013 e teve pedido de liberdade recusado no dia 29 de novembro do mesmo ano, após revisão da ação penal pela equipe do mutirão carcerário de Alagoas.

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