Campanha de vacinação contra a gripe atinge apenas 46% da meta e é prorrogada em Campo Grande
O Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe após atingir apenas 53,6% da meta estabelecida, que era imunizar 49,6 milhões de pessoas em todo o País. O governo orientou para que os municípios continuem a campanha de vacinação até alcançar 80% da população-alvo vacinada. Em Campo Grande a prorrogação se estende […]
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O Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe após atingir apenas 53,6% da meta estabelecida, que era imunizar 49,6 milhões de pessoas em todo o País.
O governo orientou para que os municípios continuem a campanha de vacinação até alcançar 80% da população-alvo vacinada. Em Campo Grande a prorrogação se estende até o dia 16 de maio.
O Ministério da Saúde destinou para Campo Grande 188 mil doses da vacina com a meta de imunizar 150 mil pessoas. Conforme o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização, na Capital devem ser vacinadas 19.568 crianças com até quatro anos de idade; 20.411 trabalhadores em saúde; 9.784 gestantes; 1.608 mulheres que tiveram filho até 45 dias; 3.065 indígenas e 80.080 idosos.
Na Capital, a meta atingida foi de 46,83%, em um total de 86.198 pessoas vacinadas. Durante a manhã desta sexta-feira (9), muitas pessoas formaram filas nos postos de saúde para se imunizarem contra o vírus da gripe Influenza.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a orientação é para que as pessoas não deixem para se vacinar nos últimos dias, já que a imunização demora cerca de 15 dias para fazer efeito e no período de frio aumentam as chances de contágio.
Para a grávida Mara Pinto, grupo de principais vítimas do vírus H1N1, disse que não sabia da importância em se imunizar. A dona de casa falou que em seu nono mês de gestação descobriu durante sua consulta médica que precisava se vacinar. “Eu não sabia que tinha que tomar a vacina, só descobri hoje quando vim me consultar e ouvi as pessoas comentando, então resolvi vir para me prevenir e não prejudicar meu bebê”, explicou.
Já o carpinteiro Eurípedes Silva Gomes, de 70 anos, levou a mulher e o sobrinho de 1 ano para se vacinarem e ficarem protegidos contra o vírus da gripe. Gomes disse que só hoje consegui vir a uma unidade de saúde porque mora em um sítio, na área rural. “Hoje trouxe todo mundo para vacinar porque é importante nos prevenirmos contra a gripe e como moro longe só hoje consegui vir na cidade com a família”, alega.
O aposentado Luiz Aquino, de 83 anos, contou que todos os anos ele procura uma unidade básica de saúde e se vacina contra a gripe. “Todos os anos venho no posto e trago minha carteirinha para comprovar que tomo sempre. Isso é uma forma de evitarmos doenças e principalmente a H1N1 que tem matado um monte de gente”, declara.
A psicóloga Fabíola Rotilhi Brandão levou o filho de 3 anos para se imunizar. A mãe explicou que levou o menino hoje porque não queria perder a data. Ela disse também que todo ano traz o filho para se vacinar contra a gripe. “É importante para prevenir nossos filhos e isso é uma obrigação de nós pais que somos responsáveis por eles”, confessa.
Funcionária da área da saúde, Letícia Marin disse que precisa se imuniza e se proteger dos três subtipos do vírus da Influenza. “Como trabalho em consultório odontológico a indicação é para tomarmos a vacina porque todos os dias atendemos muitas pessoas”, explica.
Segurança
A vacina contra a gripe é segura e evita o agravamento da doença, internações e, até mesmo, óbitos por influenza. Estudos demonstram que a imunização pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Campanha
O público-alvo da campanha são as crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, presos e funcionários do sistema prisional.
Pessoas com doenças crônicas e “condições clínicas especiais” também devem se vacinar.
Vacinação
A imunização acontece em todas as 64 unidade básicas de saúde, que funcionam das 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas. Nos fins de semana, a vacinação acontece no mesmo horário nos Centros Regionais de Saúde.
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