Campanha ao governo foi marcada por ‘acusação’ de traição e troca de lado
A disputa entre Delcídio do Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) no segundo turno em Mato Grosso do Sul retrata exatamente a tônica da eleição para o Governo do Estado, marcada pela acusação de traição e troca de lado. Os candidatos, que a princípio andavam lado a lado pedindo votos, terminam a eleição com rivalidade […]
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A disputa entre Delcídio do Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) no segundo turno em Mato Grosso do Sul retrata exatamente a tônica da eleição para o Governo do Estado, marcada pela acusação de traição e troca de lado. Os candidatos, que a princípio andavam lado a lado pedindo votos, terminam a eleição com rivalidade extrema e diversas trocas de acusações.
Delcídio e Reinaldo cogitavam uma dobradinha, tendo Delcídio como candidato ao Governo do Estado e Reinaldo ao Senado. Mas, foi só os partidos vetarem a aliança para o amigo virar inimigo e a campanha começar, com as tradicionais denúncias de corrupção.
A campanha em Mato Grosso do Sul foi marcada por denúncias e também por acusação de traição. Elas começaram dentro do PMDB, com a alegação de que o governador André Puccinelli (PMDB) e até a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) não apoiavam Nelsinho Trad (PMDB) na disputa pelo Governo do Estado. Nelsinho chegou a fazer reclamação pública em uma rádio.
A denúncia de traição fez até deputado estadual desistir da disputa. Acusado de trair Delcídio para apoiar Reinaldo, Osvane Ramos (PROS) desistiu da reeleição, acusando, por sua vez, Delcídio de não atendê-lo e nem dar o suporte necessário para que ele ganhasse.
As traições também aconteceram pelo interior do Estado e nas próprias coligações, onde não respeitaram questões partidárias. Era comum ver parceria entre candidatos de coligações diferentes, como a dobradinha entre Lídio Lopes (PEN) e Elizeu Dionizio (SD), por exemplo.
Também teve espaço para mudança de lado após o fim do primeiro turno. Após apoiar Delcídio, o casal Roberto Hashioka (PMDB) e Dione Hashioka (PSDB) decidiram pular para o barco tucano.
Nos municípios do interior, alias, a traição foi grande. Roberto Hashioka, ao não apoiar Nelsinho, foi um dos vários que não acompanhou o partido nos arranjos para o Governo do Estado. O presidente da Assomasul, Douglas Figueiredo (PSDB), por exemplo, deixou o PSDB para apoiar Delcídio. Isso sem contar os casos de prefeitos que permaneceram nos partidos, mas não seguiram as lideranças, como o caso do prefeito de Costa Rica, Waldeli Rosa, que apoiou Nelsinho no primeiro turno e Reinaldo no segundo.
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