Caminhões de abastecimento chegam a Gaza e população começa a sair às ruas

A população de Gaza começou a sair às ruas após a trégua que impera desde as 8h local (3h, em Brasília), ao mesmo tempo que chegaram à Faixa os primeiros caminhões com abastecimento e ajuda humanitária internacional. Desde a primeira hora da manhã, a Agência Efe pôde constatar a abertura de vários comércios na Cidade […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A população de Gaza começou a sair às ruas após a trégua que impera desde as 8h local (3h, em Brasília), ao mesmo tempo que chegaram à Faixa os primeiros caminhões com abastecimento e ajuda humanitária internacional.

Desde a primeira hora da manhã, a Agência Efe pôde constatar a abertura de vários comércios na Cidade de Gaza, enquanto a população saía de suas casas e ia aos mercados, com as ruas cheias de carros e transeuntes.

O cessar-fogo entrou em vigor após a retirada, durante a madrugada, das últimas forças terrestres israelenses que permaneciam dentro da Faixa, principalmente no sul e junto à linha fronteiriça.

Um alto comando militar israelense confirmou à Efe que será mantido um desdobramento de forças em torno da fronteira “para não dar nenhuma desculpa ao Hamas”.

A situação de trégua “não quer dizer em nenhum momento que tenha terminado a operação Limite Protetor”, acrescentou.

“Se os terroristas nos atacam, nos defenderemos”, assegurou ao insistir em que as tropas estão unidas nos arredores da Faixa e nenhum reservista foi desmobilizado.

Enquanto isso, não longe de onde estão as tropas, na passagem de Kerem Shalom, entraram hoje na Faixa os primeiros de 300 caminhões com abastecimento para a população e ajuda humanitária internacional, entre eles dez carregados de remédios e equipamentos médicos.

Os hospitais de Gaza estão abarrotados e literalmente colapsados pelo alto número de vítimas após 29 dias de ofensiva. Em seus arredores há ainda vários civis que buscaram refúgio dos bombardeios, achando que ali seria mais seguro.

Os últimos dados do Ministério da Saúde indicam que 1.867 palestinos, a maioria civis, morreram e 9.563 ficaram feridos desde o início da operação, em 8 de julho.

O número de vítimas pode crescer nos próximos dias quando começarão a remover os escombros das milhares de casas que foram bombardeadas, das quais mais de mil foram completamente destruídas.

Os danos são particularmente notáveis no norte e leste, onde as forças israelenses chegaram com blindados e onde produziram intensos enfrentamentos armados que tiraram a vida de quase 50 militares israelenses, dos 64 que morreram desde o início da fase terrestre.

A reconstrução de Gaza, onde os danos materiais foram avaliados em mais de US$ 5 bilhões, levará vários anos, e dependerá de se, no marco das atuais negociações do Cairo para um trégua permanente, Israel levantar o bloqueio ao qual submeteu a Faixa durante os últimos sete anos.

Conteúdos relacionados