Cade investiga Bosch e NGK por suposto cartel no setor automotivo
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) abriu nesta quarta-feira (3) processo administrativo para investigar as empresas Bosch e NGK por suposto cartel no mercado nacional e internacional de velas para ignição, usadas em motores de veículos. Esse anúncio ocorre um dia depois de o conselho ter confirmado que assinou, em julho, acordo de leniência […]
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O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) abriu nesta quarta-feira (3) processo administrativo para investigar as empresas Bosch e NGK por suposto cartel no mercado nacional e internacional de velas para ignição, usadas em motores de veículos.
Esse anúncio ocorre um dia depois de o conselho ter confirmado que assinou, em julho, acordo de leniência com a Bosch dentro dessa investigação. Ao firmar tal acordo, a empresa admite participação no cartel e se compromete a colaborar com a apuração do órgão. Em troca, recebe garantia de imunidade, ou seja, fica livre de sofrer processo na Justiça e de pagar multa.
“Os indícios apontam que as empresas investigadas, Bosch e NGK, acordavam previamente cotações a serem apresentadas a clientes, volumes de vendas, valores cobrados e aumentos de preços praticados para montadoras de automóveis, concessionárias e oficinas. Além disso, também haveria divisão de quais montadoras seriam atendidas por cada participante do suposto cartel”, diz nota do Cade.
O cartel se caracteriza pelo acordo entre empresas que atuam em um mesmo setor para fixar preços de seus produtos ou dividir mercados e clientes, o que elimina a concorrência, resulta em elevação de preços e prejudica os consumidores.
Ainda de acordo com o conselho, o cartel teria ocorrido entre 2000 e 2013 e “os acordos ilícitos seriam supostamente acertados tanto pelas matrizes no exterior quanto pelas filiais brasileiras das companhias.”
Agora, as acusadas serão notificadas a apresentarem suas defesas e, ao final da investigação, a Superintendência-Geral do Cade opinará pela condenação ou arquivamento do caso. O julgamento e, portanto, a decisão final, será do tribunal do conselho.
Em nota, a NGK diz que não pode comentar o acordo porque desconhece o documento. “A empresa possui 55 anos de atuação no Brasil, com mais de 1.250 funcionários, e sempre
respeitou todas as leis do país. Ao longo de mais de cinco décadas, sua conduta sempre foi regida pela ética e pela legalidade”, diz o texto.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Bosch confirma o acordo assinado pela empresa e diz que ela está colaborando com as investigações.
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