O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (25) que vai pedir ajuda federal para a segurança pública “quantas vezes for necessário”. A informação foi passada após Cabral ter sido perguntado se o pedido de ajuda feito, na semana passada, ao governo federal, não demonstra que a situação da violência saiu do controle do governo do Estado.

“Solicitamos agora e vamos solicitar quantas vezes for necessário, porque – ao contrário do que era hábito no Rio de Janeiro, em que as forças estaduais não falavam com as federais, que não falavam com as municipais e ficavam disputando protagonismo – no meu governo não tem disputa de protagonismo. Temos a visão de melhorar a vida do povo. Se eu tiver que pedir 20 vezes, 30 vezes o apoio das forças federais para apoiar a população do Rio na luta pela paz, eu farei”, disse o governador.

Cabral acrescentou ainda que, ao pedir ajuda à União, na sexta-feira (21), a presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que ajudaria “com enorme prazer”, pois reconhecia o que o governo fluminense havia conquistado nesses sete anos e que a política de segurança pública do Estado era “vitoriosa”.

Os governos estadual e federal anunciaram ontem (24) que as Forças Armadas ocuparão o Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, por tempo indeterminado. O complexo de favelas – um dos maiores no Estado – ainda não recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Cabral participou hoje, em São Gonçalo, no Grande Rio, da inauguração de um fórum da Justiça estadual, que foi batizado de Patrícia Acioli, juíza criminal que atuava no município e que foi assassinada em 2011.