A brasileira feminina de basquete deu adeus ao Mundial da Turquia, nesta quarta-feira (1), de maneira melancólica. O time nacional foi superado pela França por 61 a 48 em duelo válido pelas oitavas de final e disputado na cidade na Ancara. O revés foi o terceiro em quatro partidas do Brasil na competição. O único triunfo foi contra a frágil seleção japonesa, na primeira fase. Havia perdido também da República Tcheca e da Espanha.

Desde a criação da linha de três pontos, em 1984, esta foi a pior pontuação da seleção em Mundiais. Até esta quarta, a pontuação mais baixa havia sido obtida contra a Rússia, no Mundial de 2010, na República Tcheca. Na ocasião, o time fez somente 53 pontos e sofreu 76. Em todos os tempos, a pior pontuação foi registrada em uma no Mundial de 1953, quando nem existia o cronômetro regressivo de 24 segundos. Na ocasião, o Brasil fez 29 a 23 sobre os Estados Unidos.

Com mais este revés, o Brasil corre o risco de igualar a sua pior campanha na história dos Mundiais, quando ficou com a 12ª colocação na Colômbia em 1975. Atualmente, o país está na 11ª posição, podendo cair ainda mais um posto com fim dos outros duelos das oitavas de final, que ocorrem ainda nesta quarta.

A atuação da seleção brasileira foi tão ruim que conseguiu converter apenas 14 de 54 arremessos tentados ao longo dos 40 minutos, um aproveitamento de apenas 26%. Quase 40% dos pontos vieram da linha dos lances livres. Foram 17 acertos em 24 tentativas. Érika, com 11 pontos, foi a cestinha do time.

O segundo quarto foi o mais desastroso para o Brasil. Depois de fechar o primeiro perdendo por 12 a 10, o time nacional só conseguiu anotar cinco pontos e foi para o intervalo com uma desvantagem de 26 a 15.

“O ataque está sendo nosso grande problema. Não estamos conseguindo fluir. A defesa está fazendo bem seu papel, mas sem ataque complica. Tivemos problemas no jogo interno, nos chutes de três, nos lances livre. Não conseguimos corrigir isso. As nossas jogadoras estão acostumadas com outro ritmo no Brasil, e quando enfrentam um jogo mais intenso sofrem e isso atrapalha nosso aproveitamento”, disse o técnico Luiz Augusto Zanon em entrevista ao SporTV.