O Brasil tem a 11ª tarifa de energia elétrica mais cara do mundo. De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o valor da eletricidade no País para a indústria é 8,8% superior à média mundial.

O estudo, que leva em conta 27 países, tem base em uma medição do custo de energia que é permanentemente atualizado. Dentre os Brics, o custo da energia no Brasil é superior aos praticados na China e na Rússia, mas inferior aos custos na Índia. Entre os 27 países estudados, a Argentina é onde é aplicada a menor tarifa.

Segundo a Firjan, impostos e contribuições federais e estaduais respondem por 27,1% da tarifa de energia elétrica, enquanto encargos setoriais aparecem com 9,51%. Os custos de geração, transmissão e distribuição representam 58,92%. Já perdas técnicas e não técnicas são responsáveis por 4,47%.

A Firjan afirma que a desoneração fiscal do governo federal e o processo de renovação das concessões do setor provocaram queda significativa no custo da eletricidade no País, mas os reajustes das distribuidoras e o acionamento das usinas térmicas já absorveram parte da redução. A entidade informou que as desonerações reduziram 20,8% do custo médio das tarifas. No entanto, desde o ano passado, já houve um aumento de 11,1%.