Brasil perde 500 mil orelhões e os que restam fazem apenas duas ligações por dia
A popularização dos telefones celulares fez com que os brasileiros usassem menos os telefones públicos. Em 13 anos, o Brasil perdeu quase 500 mil orelhões. E os que existem são pouco utilizados. Atualmente, o País tem 845.117 mil telefones públicos, gerenciados por cinco diferentes operadoras de telefonia. Em 2001, eram 1,3 milhão de orelhões no […]
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A popularização dos telefones celulares fez com que os brasileiros usassem menos os telefones públicos. Em 13 anos, o Brasil perdeu quase 500 mil orelhões. E os que existem são pouco utilizados.
Atualmente, o País tem 845.117 mil telefones públicos, gerenciados por cinco diferentes operadoras de telefonia. Em 2001, eram 1,3 milhão de orelhões no Brasil.
De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), cerca de 62% dos orelhões processam, em média, até duas chamadas por dia, considerando as ligações recebidas e realizadas.
Se levado em conta os 190,7 milhões de brasileiros, número indicado pelo último censo demográfico, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, há um orelhão para cada grupo de 225 habitantes do País.
Para o presidente da Teleco, Eduardo Tude, a queda evidente no número de utilização dos aparelhos pode ser atribuída ao custo das ligações realizadas pelos celulares.
— Antigamente ligar do celular era mais caro. Então, o pessoal recebia a chamada no celular e quando ia ligar usava muito o telefone publico. De uns anos pra cá, o celular começou a ficar muito barato para as chamadas “on net” [para a mesma operadora] e isso derrubou o uso do telefone público.
Segundo a Oi, companhia com 74% dos aparelhos do Brasil, a migração do consumo em aparelhos fixos ou telefones públicos para os celulares faz parte da evolução da telefonia em todo o mundo, o que diminuiu significativamente a receita da empresa com os orelhões.
— Entre 2007 e 2013, a Oi registrou queda de aproximadamente 41% ao ano no consumo de créditos em seus orelhões, o que representa uma redução de 96% nesses seis últimos anos.
Tude concorda que diminuição no uso dos aparelhos acontece em âmbito mundial e cita que o seu uso só acontece em casos de emergência, como falta de crédito e término da bateria do celular. Ele ressalta ainda que o orelhão “certamente vai virar peça de museu”, porque até mesmo em Londres, onde a cabine telefônica é tida como referência, o número de ligações é baixo.
— Aquela cabine de telefonia pública é um símbolo daquele país. Hoje, ele tem a mesma falta de uso que os aparelhos do Brasil.
Gerenciamento
De acordo com dados da Anatel, a Oi detém a maior fatia do mercado de telefones púbicos no Brasil (74,6%), com 657 mil aparelhos instalados em todo o território nacional, com exceção do Estado de São Paulo e alguns municípios de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Em seguida aparecem Telefônica, Algar Telecom e Sercomtel, com 23%, 1,7% e 0,4% dos aparelhos, respectivamente. A Embratel, por sua vez, possui 1.355 aparelhos (0,16%) em localidades remotas com população entre cem e 300 habitantes.
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