O banco Bradesco terá de pagar dano moral coletivo de R$ 1 milhão por usar irregularmente funcionários administrativos para fazer transporte de dinheiro, ao invés de contratar profissionais habilitados. O banco ainda pode recorrer da decisão.

A sentença foi dada pela 10ª Vara do Trabalho de Belém, em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Procurado, o Bradesco informou em nota que “o assunto está sub judice e o banco não comenta”.

Além da multa, a decisão também proíbe o banco de contratar policiais militares para efetuar o transporte de dinheiro, sob pena de multa de R$ 50 mil por trabalhador encontrado em situação irregular, segundo o site do MPT.

O processo foi aberto em maio de 2013, depois que o MPT comprovou uma denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancários do Estado do Pará e Amapá.

O sindicato apontava que um policial militar tinha morrido e um empregado do banco sido ferido por uma bala que passou de raspão durante uma tentava de assalto no transporte de valores entre os municípios de Abaetetuba e Muaná (PA), em junho de 2011.

Outro caso registrado foi o de um gerente do Bradesco, que em fevereiro de 2013 foi interceptado na barreira da Polícia Federal enquanto transportava R$ 60 mil em uma pasta de plástico. O dinheiro saiu da Agência do município de Benevides para o Posto de Atendimento Avançado de Santa Bárbara.

Com a sentença, o Bradesco também deverá divulgar a decisão, conforme pedido do MPT, em todos os seus quadros de aviso, inclusive nas agências, pelo prazo mínimo de um ano, sob pena de multa.