Bovespa se recupera e tem melhor mês em mais de 2 anos

O principal índice da Bovespa fechou em alta de 1% nesta segunda-feira, dando continuidade ao movimento de recuperação visto nas últimas duas semanas e acompanhando as bolsas americanas. Assim, o índice fechou março com seu primeiro ganho mensal desde outubro de 2013 e o melhor desempenho de desde janeiro de 2012. Segundo dados preliminares, o […]

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O principal índice da Bovespa fechou em alta de 1% nesta segunda-feira, dando continuidade ao movimento de recuperação visto nas últimas duas semanas e acompanhando as bolsas americanas.

Assim, o índice fechou março com seu primeiro ganho mensal desde outubro de 2013 e o melhor desempenho de desde janeiro de 2012. Segundo dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,13%, a 50.328 pontos, nesta segunda-feira, ficando a pouco mais de mil pontos de zerar as perdas acumuladas neste ano. O giro financeiro do pregão somou R$ 6,57 bilhões.

A especulação sobre os resultados da eleição presidencial do Brasil, que ocorrerá em outubro, constituiu-se como um tema central no radar do mercado em março. O Ibovespa chegou a subir 3,5% em um único pregão, em 27 de março, após pesquisa CNI/Ibope apontar queda na aprovação do governo Dilma Rousseff.

Expectativas sobre mudanças políticas, especialmente no que se refere à gestão de empresas estatais, ganharam força logo após o Ibovespa atingir, em 14 de março, seu menor nível desde abril de 2009, quando as ações de muitas companhias eram negociadas abaixo de seu valor patrimonial.

Essa combinação de fatores motivou uma onda de compras na bolsa brasileira, com destaque para a movimentação de investidores estrangeiros, que colocaram R$ 2,2 bilhões na Bovespa em março até dia 27, dado mais recente disponível.

Abril incerto

Para o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset, o índice que reúne as principais ações brasileiras pode ficar algum tempo acomodado no atual patamar, após ter recuperado parte da defasagem nos preços.

“Houve um rali bastante forte em cima da pesquisa (CNI/Ibope), mas pouca coisa realmente mudou. Cada dia que passa aumenta a probabilidade de racionamento (de energia)… e a pesquisa Focus (do Banco Central) mostrou que a expectativa do mercado para a economia não melhorou, apesar de dados pontuais positivos”, disse, referindo-se a indicadores de produção industrial, vendas no varejo e do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

O estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala, é mais otimista. Para ele, os dados de atividade divulgados neste mês contribuíram para melhorar um pouco a visão do mercado sobre a economia. “Empresas estatais ainda têm chance de continuar se recuperando um pouco e bancos podem se beneficiar com juros mais altos”, disse, afirmando que a bolsa pode subir em abril, mas com bem menos força.

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