A balança comercial brasileira teve superávit (exportações maiores que importações), ficando positiva em US$ 506 milhões (R$ 1,1 bilhão) na terceira semana de abril. O valor é resultado de US$ 19,7 bilhões em exportações e US$ 19,2 bilhões em importações.

Como resultado, o déficit acumulado no ano, que em março chegou a US$ 6 bilhões, caiu para US$ 5,56 bilhões. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Na avaliação do mês de abril, a média diária das exportações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, ficou em US$ 986 milhões, valor 5,2% superior ao registrado em abril de 2013 e 6,3% maior do que em março de 2014.

A alta das exportações na comparação anual foi puxada pelo aumento de 11,4% na venda de produtos básicos. As exportações de não industrializados alcançaram valor recorde para meses de abril, US$ 10,6 bilhões.

Os itens básicos cujas vendas mais cresceram ante 2013 foram petróleo bruto (alta de 75,6% no ingresso financeiro), carne suína (elevação de 36,8%), farelo de soja (29,2%), café em grão (27,3%), soja em grão (19,8%) e carne bovina (6,5%).

Por outro lado, houve queda nas exportações de itens de maior valor agregado. As vendas das categorias manufaturados e semimanufaturados recuaram respectivamente 1,8% e 4%, segundo o critério da média diária.

Industrializados, semifaturados e importações

No grupo dos produtos industrializados, a queda foi causada por laminados planos, automóveis, óleos combustíveis, autopeças, veículos de carga, polímeros plásticos, motores, bombas e compressores, açúcar refinado, pneumáticos e papel e cartão.

Do lado dos semimanufaturados, diminuiu o comércio de açúcar bruto, alumínio bruto, ferro e aço, óleo de soja bruto, ouro e ferro fundido. Nas importações, a média diária ficou em US$ 960,9 milhões, 2,2% abaixo dos US$ 982,7 milhões registrados em abril de 2013, mas 4,2% maior que a de março deste ano.

Na comparação anual, caíram as aquisições no exterior de combustíveis e lubrificantes (-11,7%), automóveis (-9,5%), bens de consumo não duráveis (-8,4%) e matérias-primas e intermediários (-1%).