Bailarinos de MS levam dança folclórica paraguaia para encontro nacional de pontos de culturas
Com os pés descalços e saias rodadas elas giram no salão. Enquanto as mulheres rodopiam para mostrar sua graça, eles dançam para conquistá-las. Como uma encenação de um cortejo, a dança folclórica paraguaia encanta a cada movimento. O ritmo que embala bailes e encanta sul-mato-grossenses que desde meninos estão acostumados ao som da harpa saído […]
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Com os pés descalços e saias rodadas elas giram no salão. Enquanto as mulheres rodopiam para mostrar sua graça, eles dançam para conquistá-las. Como uma encenação de um cortejo, a dança folclórica paraguaia encanta a cada movimento.
O ritmo que embala bailes e encanta sul-mato-grossenses que desde meninos estão acostumados ao som da harpa saído da fronteira vai chegar longe. Bailarinos, que são filhos, netos ou apenas apaixonados pela cultura e pelos costumes fronteiriços vão levar para Natal, no Rio Grande do Norte, entre os dias 19 e 24 de maio, um pouquinho do som das cordas que soam nos salões.
No período, acontece a Teia Nacional da Diversidade 2014 – evento fortalece o exercício dos direitos culturais, a atuação em rede, o diálogo e a parceria entre a sociedade civil, gestores, instituições de ensino, instâncias de participação social e sociedade em geral no campo cultural para a qualificação e o fortalecimento de políticas e ações de valorização e promoção da cultura brasileira em todos os seus aspectos e segmentos culturais.
De Mato Grosso do Sul sairão dois representantes. Um grupo de Rio Verde, e o grupo de dança folclórica paraguaia, da Colônia Paraguaia de Campo Grande.
Professora do grupo campo-grandense, Luciene Bicudo, de 36 anos, conta orgulhosa que das 511 inscrições que tiveram de grupos de todo o País, o dela foi um dos 63 selecionados para a mostra em Natal. “Aqui em Mato Grosso do Sul classificaram dois grupos. Nós e um de Rio Verde. No Brasil foram 63, de 511 inscritos”, conta.
Ela explica que as bailarinas dançam descalças porque é a forma mais tradicional da dança. “Quando surgiu essa dança, lá na fazenda, no campo, as mulheres dançavam descalças. Por isso mantemos a tradição. Apenas quando nos apresentamos em algum lugar mais complicado colocamos uma sapatilha”, diz.
Bisneta de paraguaios, Bicudo conta que se apaixonou pela cultura daquele país ao entrar na faculdade e começar a estudar mais a região fronteiriça. Quando vi já estava envolvida, dando aulas e ensinado o que estudara. “Formei-me em artes visuais. Comecei a estudar mais sobre a fronteira e quando vi já estava ensinando”, diz.
Para manter essa tradição tão buscada por ela, uma vez ao mês, a Colônia traz de Concepción, um professor de dança folclórica para mostrar novidades e ensinar um pouco do seu trabalho. “Uma vez ao mês o Zenon Sanabria Fretes vem nos ensinar um pouco do que sabe. Ele é estudioso e tem uma escola de dança em Concepción, uma das melhores do País”, revela.
Ciente de que tudo que vai mostrar é bem diferente do que se costuma ver na região norte do país, a professora diz acreditar que de início a apresentação possa até causar uma certa estranheza, mas nada que o ritmo envolvente e a dança não mude a impressão. “Acho que de início as pessoas vão estranhar. Até porque é uma dança paraguaia que já está incorporada na nossa cultura. É diferente de tudo que já vimos por lá”, revela, contando que já foi em outros encontros do gênero.
Participando do encontro pela primeira vez, o estudante Vinicius Peixoto, de 16 anos, conta que dança há seis e está preparado para fazer bonito no norte do País. “Penso que vão ficar muito surpresos. E que vão gostar muito, pelo menos é isso que eu espero”, diz.
Neta de paraguaios, Gleysiever Aquino Netto, de 27 anos, carteira, diz que a expectativa dela é dançar o mais bonito possível e levar a cultura e os costumes paraguaios para quem não conhece conhecer. “é uma responsabilidade muito grande. Vamos apresentar uma cultura que não é nosso, que pegamos para nós, para outras pessoas que não conhecem, conhecer. Como sul-mato-grossense acredito eu vamos mostrar o quanto somos fronteiriços”, diz.
Serviço
A Teia Nacional da Diversidade 2014 acontecerá de 19 a 24 de maio, em Natal no Rio Grande do Norte. O evento tem como parceiros o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern), a Universidade Federal do RN (UFRN), o governo do RN, a Fundação Capitania das Artes e a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.
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