Shulamit Aloni, ex-ministra de Israel e combativa líder de esquerda que defendia os direitos das mulheres palestinas, morreu aos 85 anos nesta sexta-feira, segundo familiares e colegas.

Aloni fundou um grupo em prol dos direitos civis na década de 1970 depois de deixar o Partido Trabalhista da então primeira-ministra Golda Meier, por conta de uma desavença sobre influência religiosa no governo. O movimento criado por ela se transformou num pequeno partido, ainda presente no Parlamento israelense.

Nascida em Tel Aviv, Aloni defendia a formação de um Estado palestino em terras conquistadas por Israel na guerra de 1967, muito antes dos dois lados lançarem o processo de paz mediado por Washington.

Por 30 anos no Parlamento israelense, Aloni foi ministra da Educação e depois das Comunicações no governo de Yitzhak Rabin no início dos anos 1990. Ele foi assassinado em 1995 por um ultranacionalista israelense contrário ao acordo de 1993 com os palestinos.

O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, do partido de direita Likud, deixou as diferenças de lado para elogiar Aloni nesta sexta-feira: “Eu sempre admirei a determinação dela para lutar pelo que acreditava.”