Atentado ao pudor, assédio a alemães e travesti na Fifa: a Copa agita o Rio

A Praia de Copacabana já pulsa durante todo o ano. Imagine em uma véspera de final de Copa do Mundo em pleno Maracanã. A decisão entre Alemanha e Argentina está chacoalhando o Rio de Janeiro e causou situações para lá de inusitadas que vão de atentado ao pudor a um travesti querendo tirar satisfações com […]

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A Praia de Copacabana já pulsa durante todo o ano. Imagine em uma véspera de final de Copa do Mundo em pleno Maracanã. A decisão entre Alemanha e Argentina está chacoalhando o Rio de Janeiro e causou situações para lá de inusitadas que vão de atentado ao pudor a um travesti querendo tirar satisfações com a Fifa na praia mais famosa do país.

Um dia antes da grande final, a orla de Copacabana pegou fogo. Os argentinos já roubaram o lugar dos cariocas e se apossaram do terreno. O azul e branco está por todas as partes formando um mar de gente que invade as areias e a avenida Atlântica a ponto de interditar as duas pistas e parar o trânsito.

Os gritos e o batuque não cessam para repetir incansavelmente os versos de ‘Brasil, decime que se siente’. Até os brasileiros cantarolam a música que provoca eles próprios e virou o hino da turma que faz inveja a qualquer bloco carnavalesco.

No Rio de Janeiro, são esperados mais de 70 mil argentinos para a final e é na praia de Copacabana que a maior parte deles vai se divertir entre os cantos de torcida. É lá que eles se jogam na caipirinha, vendidas aos litros pelos ambulantes locais, e não perdem tempo para xavecar as brasileiras.

Mas, se em campo a grande decisão é considerada equilibrada, ao menos no quesito paquera os alemães já venceram a batalha. Mesmo em pequeno número, eles estão longe de passar despercebidos pelas brasileiras.

Europeus, loiros e altos, eles viraram alvo principal do assédio das meninas que não querem perder tempo esperando uma atitude. Os grupos de alemães caminham pelo calçadão e as meninas vêm aos montes pedir para tirar fotos. As mais ousadas já vão longo abraçando.

“Nunca tirei tanta foto na minha vida. Eu mal consigo andar. Mas estou me divertindo”, contou um alemão.

O xaveco pode rolar solto na praia, mas alguns limites têm que ser respeitados. Claro que nem todo mundo segue os mandamentos à risca. Na tarde de sábado, houve até uma acusação de atentado ao pudor. Um argentino resolveu fazer xixi na rua, perdeu o limite e deixou os órgãos genitais à mostra.

Uma mulher se sentiu ofendida e partiu para cima do rapaz com agressões. A situação só acalmou quando a Guarda Municipal percebeu a situação estranha e foi verificar o ocorrido. A moça não quis registrar um boletim de ocorrência, por isso o caso não foi levado à delegacia.

Mas nem por isso o homem passou impune. Ele recebeu uma multa de R$ 180 aplicada pelo guarda municipal Alexandre Teixeira e pelo agente da prefeitura Luiz Antonio por desrespeitar o projeto Lixo Zero. A campanha pune pessoas que sujam as ruas jogando lixo ou urinando.

Mas os argentinos não são os únicos que ‘causam’ em Copacabana. A presença da cantora Rihanna em um hotel na frente da praia causou alvoroço e gritaria dos fãs que queriam tirar uma foto a qualquer custo.

A popstar só não chamou mais atenção que um travesti que passou boa parte da tarde na porta do Copacabana Palace, o hotel ‘oficial’ da Fifa na cidade. Usando uma microssaia e um top, Claudia Pura, como se identificou, chegou à porta do Copa revoltada.

Entre gritos e choros, lamentava por ter se atrasado e perdido o show da cantora Anita na Fan Fest. “Eu vim aqui porque a culpa é da Fifa. Eles colocaram o show nesse horário para abafar a derrota do Brasil e não avisaram ninguém.Eu não estou acreditando”.

Enquanto os funcionários do hotel, hóspedes e curiosos olhavam com desconfiança, Claudia se sentou no chão. “Eu não vou tentar entrar, fazer o que lá dentro? Mas nem adianta me olhar torto, daqui eles não podem me tirar. A calçada é pública”, dizia alto, observando as mulheres produzidas que entravam no local. “Olha. Essa está chique hein”.

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