Até aliados começam a reclamar, na Câmara, do novo centro pediátrico da Capital

O Centro Municipal Pediátrico voltou a ser motivo de discussão nesta quinta-feira (16) na Câmara de Vereadores de Campo Grande. Até aliados do prefeito, Gilmar Olarte (PP), passaram a criticar o projeto, inaugurado no domingo (12). “Mandaram um projeto que seria mil maravilhas, mas não é o que está parecendo agora”, discursou o vereador Chiquinho […]

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O Centro Municipal Pediátrico voltou a ser motivo de discussão nesta quinta-feira (16) na Câmara de Vereadores de Campo Grande. Até aliados do prefeito, Gilmar Olarte (PP), passaram a criticar o projeto, inaugurado no domingo (12).

“Mandaram um projeto que seria mil maravilhas, mas não é o que está parecendo agora”, discursou o vereador Chiquinho Telles (PSD). “Nas Moreninhas já não tinha pediatra, agora que não tem mesmo”, continuou o vereador, que disse ter recebido reclamações de moradores da região.

O Centro Municipal Pediátrico foi implantado no antigo Hospital Sírio-Libanês, região central de Campo Grande, arrendado pelo município. Para conseguir pediatras, a Prefeitura praticamente triplicou o salário de quem for atuar na unidade.

Telles chegou a fazer coro com Luiza Ribeiro (PPS), principal opositora ao novo posto de saúde da Prefeitura. “Mandaram um papel bonito e bem embrulhado, mas agora estou concordando com a preocupação da vereadora Luiza, parece que estão querendo fazer economia com saúde pública”, concluiu o vereador.

Aproveitando a deixa do colega, Luiza reafirmou que não vê coerência na implantação do centro pediátrico. Segundo ela, Campo Grande gasta 34% do que arrecada em saúde e a qualidade do serviço não corresponde ao custo.

“Essa brincadeira está custando caro. É horrível, triste, lamentável, tudo por vaidade do prefeito, que ainda quer colocar o nome de um familiar dele”, criticou a vereadora.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Paulo Siufi (PMDB) saiu em defesa do centro pediátrico. Disse que vai propor audiência pública para discutir o projeto.

Segundo Siufi, o problema da falta de pediatras em Campo Grande antecede a inauguração da nova unidade de saúde. “É o contrário: pediatras que não queriam ir para postos de saúde agora querem ir para o centro pediátrico”, disse.

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